Recebemos do líder de classe Adaulto Alves, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF e presidente da Associação Mútua, o seguinte e-mail:
“PREZADOS COMPANHEIROS FERROVIÁRIOS
Diante da angústia, ansiedade, necessidade, de toda nossa classe ferroviária, aí incluído nossos Associados que vem nos cobrando, com inteira razão já que com suas mensalidades fazem a manutenção de nossas Associações, nossa razão de existir.
Em fevereiro do corrente ano, o Presidente da FENAFAP, Sr. ETEVALDO PEREIRA DOS SANTOS, através de Oficio da entidade encaminhou ao Senhor Presidente da República, JAIR BOLSONARO, um pedido de audiencia para que este novo Governo em primeiro encontro com a classe ferroviária conhecesse a difícil situação em que vivemos, em função do achatamento salarial, e uma tabela perversa, talvez a pior de nosso país.
Se fazia necessário o Governo ter ciência dos fatos. Daquele mês citado, iniciou-se uma tratativa constante e trocas de documentos entre a Federação e o Gabinete Civil, já que o Sr. Presidente, determinou que fossemos recebido pelo Ministério da Infraestrutura, hoje onde está englobado o antigo Ministério dos Transportes, e que nos fosse dado toda assistência necessária. Toda esta troca de documentos, que perdurou quase 4 meses, está com o Sr. Presidente da FENAFAP, caso alguém queira conferir a veracidade dos mesmos. Apesar de reconhecermos as dificuldades, as turbulências por que passa o Governo, Econômica, Financeira e Política, conseguimos nosso intento, foi marcado nossa audiência para 28 de Maio, as 10:30 naquele Ministério, quando este através de documento, elencou quem nos receberia: Sr. MARCELO SAMPAIO – Secretário Executivo do Ministério da Infra Estrutura- Sra. VIVIANE ESSE – Secretária Executiva Adjunta – Sr. ALEX ARAUJO – Chefe de Gabinete – Sr. MATEUS SZWARCWING-ALEX TREVISAN Assessor Especial – Sr. ISMAEL TRINKS Diretor do Departamento de Transporte Ferroviário – .Sr. GENERAL JAMIL MEGID Chefe da Secretaria Nacional de Transportes Terrestre. Pela FENAFAP, Seu Presidente ETEVALDO PEREIRA DOS SANTOS – JOÃO GOMES PEREIRA – Vice-Presidente – ADAUTO ALVES ( representando a FNTF e a Associação Mútua) – Secretário Geral -FRANKLIN CASTRO NOVO – Tesoureiro – ITAMAR ROSE – Segundo Secretário – LINO LUIZ DA SILVA – Conselho Fiscal – SAULO PEREIRA pela Associação dos Engenheiros do Paraná – LUIZ CARLOS MARCONDES – Chefe Escritório da Extinta Inventariança de São Paulo, convidado pela Federação. Sem demagogia e quaisquer intenções, com os recursos de nossas Associações, através dos descontos de nossos associados, sem ajuda e sem solicitar contribuição, empreendemos esta onerosa viagem a Brasília, uma cidade cara em termos de Transporte, Estadia, Alimentação e Deslocamentos.
Nosso objetivo único, SOLICITAR CUMPRIMENTO DA COMISSÃO PARITÁRIA, QUE AUTORIZOU RECUPERAÇÃO DE NOSSAS PERDAS SALARIAIS EM 2014. Foi uma reunião rápida e proveitosa, após fazermos a leitura do documento, fizemos a entrega a Secretária Executiva, por solicitação da mesma, inclusive ponderamos que o processo estava arquivado naquele setor, recebemos a promessa de que seria desarquivado, juntados as peças, para verificação da área competente, ressaltamos não se tratar de aumento salarial, mas recuperação de perdas. A promessa é que o mais rapidamente a Federação seria comunicada, se necessário sermos chamados novamente. Vamos aguardar, sem criar expectativa ou euforia, já que os objetivos foram alcançados, dar conhecimento ao novo Governo de nossos pleitos. A reunião ocorreu no quinto andar, sala 513, do prédio da INFRA ESTRUTURA. O sr. ISMAEL TRINKS, insistiu e marcou uma reunião para o dia seguinte junto a VALEC, em princípio não vimos nenhuma motivação, mas por delicadeza aceitamos.
No mesmo dia as 15:30, tínhamos uma reunião marcada previamente no DEPEX, prédio do DNIT, onde estamos locados em um quadro em extinção, que cuida da Complementação, Aposentadoria dos Pensionista e Aposentados Ferroviários. Fomos recebidos pelo atual chefe do Departamento Sr. SIMEÃO ESTELITA SÁ DE OLIVEIRA junto com Assessora e Chefe Executiva da Complementação DENISE DE MENEZES DE OLIVEIRA, e o funcionário remanescente e de carreira, JOSÉ PEREIRA SILVA FILHO, com quem todos os contatos são feitos. Os dois primeiros alegaram desconhecimento total da nossa legislação ferroviária, tiveram a humildade de nos solicitar nossa ajuda, já que estavam tendo muitas dificuldades em lidar com a complexidade do Departamento, já que ambos vieram de órgãos totalmente diferentes. FRANKLIN, com documentos em mãos, questionou a senhora DENISE, por ela ter assinado dois atos de complementação de pensionistas, um considerando retroativo na data do óbito o outro na data do requerimento, obviamente com prejuízos financeiros irreparáveis para as requerentes, vagamente ela respondeu que doravante não seria necessário aguardar a carta de concessão do INSS, bastando o Atestado de òbito e os demais documentos. Questionamos se ela havia expedido um documento a respeito, alegou que não tivera tempo de reunir com o Pereira. Questionou também as dificuldades de alguns escritorios pela falta de pessoas habilitadas e dificuldades no relacionamento com o INSS, como tambéms houve elogios dos escritórios do Rio Grande do Sul, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Recife, São Paulo, mas os demais em total abandono. Alegaram um total desconhecimento, além das limitações que tinham perante aos superiores, mas ouviu do SAULO, que isto não impediu ao então chefe anterior Cazella, em atitudes unilaterais, afrontar e descumprir a Lei 8.186 e 10.478, com relação aos cargos de confiança e mesmo a Complementação, que foram negadas, prejudicando centenas e centenas de companheiros, que tiveram seus legítimos direitos atropelados, por portarias e pareceres criados a interpretação daquele ultimo chefe. Alegaram, que desconheciam estes fatos, estavam assumindo agora, mas foram alertados que uma enxurrada de ações cairia em suas cabeças futuramente. Encerramos esta reunião sem nenhuma expectativa, para um órgão tão importante para os aposentados e pensionistas ferroviários.
Dia 29/05/2019, nos dirigimos a sede da VALEC, onde de antemão sabíamos que pouca coisa haveria de proveitoso. Em uma sala luxuosa da Presidência, a empresa armou um aparato com telões e projetores, para demonstrar o que? Fomos recebidos pelo atual Diretor Financeiro Sr. PAULO CAMPOLINA, que é de origem Auditor Fiscal, Elaine Bicalho Superintendente de Gestão de Pessoas da Valec, assim foi apresentada, não soubemos sua origem, pois não disse uma palavra na reunião, substituta do Mauro Fatureto, Marcelo Cicerelli Silva Advogado da VALEC, e Thiago Asturiano Fernandes Gerente de Capacitação e Benefícios, remanecente e que fez parte da Comissão Paritária e assinou sua aprovação. O Presidente da FENAFAP, nos apresentou a todos, e fez questão de enfatizar que ali estávamos não representando Capital e Trabalho, pois a prerrogativa era da Federacão Nacional de Trabalhadores Ferroviários e seus Sindicatos da Base, não estávamos ali para discutir Dissidio e Acordo Coletivo, mas só obtermos informações sobre andamento deste último. O diretor financeiro teceu alguns comentários sobre economia, que o Presidente ainda não fora indicado, eles estavam Diretores, mas sequer sabiam qual o futuro da empresa, provando que a VALEC não mudou em nada, que tem um custo de 500 milhões aos cofres públicos, sem nenhum retorno financeiro. Já fomos de caso pensado, que ali pouca coisa aconteceria. Combinamos não levantar a questão da Comissão Paritária até então já se encontrava com a Secretaria Executiva, eles além de pouco entenderem, não lhes interessava. Repetidas as mesmas frases do DEPEX, havia um limite de competência, dependiam de outros orgãos superiores. Houve alguns momentos de constrangimentos, quando o Presidente ETEVALDO, questionou e informou que a média salarial do ferroviário era de RS1.300,00 e que em nossa tabela salarial, os níveis de 201 a 211, eram inferiores ao salário minimo atual. SAULO, questionou o comportamento da VALEC, no Dissidio de 2018/2019, a inflação é de 1,69%, primeiro a empresa disse que era índice zero, depois ofereceu 0,89% metade do índice, que ele solicitou ao Diretor Financeiro, Auditor Fiscal e Economista, que fizesse os cáuculos sobre um beneficio de RS 1000,00, constrangido ele informou que o aumento seria de RS6,00 reais, um tapa na cara da classe ferroviária.
Espanto maior, que este índice 1.69% que sendo a inflação cauculada pelo Governo, não poderia ser contestada, fosse discutida no Tribunal Superior do Trabalho, em dissídio, já ajuizada, pela FNTF e Sindicatos da base, constará da pauta a partir do mês de junho. Com relação ao Acordo Coletivo 2020/2021, recebi a incumbencia de transmitir ao Ministro Hélio Regato, que dia 31, seria encaminhado Ofício a Federação convocando os Sindicatos para abrir os discursões. Queremos deixar bem claro, que estes assuntos não são de nossa competência, foram abordados e comunicados com antecedência ao Ministro, através de conversa que tivemos no Rio de Janeiro. Por fim, no encerramento do melancólico encontro, o nosso companheiro Franklin, se manifestou emocionado, decepcionado, diante de tanta indiferença. Para nós não é novidade, a VALEC não mudou e nem vai mudar com relação ao tratamento a nossa classe ferroviária.
Agradecemos, encerramos e nos despedimos. Nós cumprimos ao que nos propomos em nossa ida a Brasília, restabelecemos e ressuscitamos, a Comissão Paritária, deixamos no colo do Governo, e onde estava arquivada. Muitas vezes, a verdade e a transparência chocam as pessoas, mas temos o dever moral com nossos Associados de informá-los, mas também aos 65.000 aposentados e pensionistas, alguns em situação falimentar. Conclamo aqueles que ficam refastelados em suas poltronas, e depois vão criticar as lideranças, que arregacem as mangas e vamos lutar por esta tabela, que será nossa Redenção. Necessitamos da participação de todos nesta empreitada, estamos disponibilizando o número dos processos a respeito, que conforme promessa da Secretaria Executiva do Ministário de INFRA ESTRUTURA serão desarquivados. 50000.049121/2014-31 e 51402.128979/2015-82, para consultas. Para o momento é só. Agradecemos a paciência de todos.
Belo Horizonte, 31 de maio de 2019
ADAUTO ALVES
Presidente da Mútua Leopoldina- Secretário Geral da FENAFAP-Diretor da F.N.T.F. “
O ADAUTO Alves, é um líder classista desde áureos tempos, quando estudamos juntos na Escola Profissional Ernâni Cotrin no complexo de Oficinas de Manutenção de Material Rodante do Horto em BH/MG. Já naquela época ele se mostrava dono e defensor do time. Após formado foi trabalhar na área do tráfego e eu na área de oficinas de vagões. Então distanciamo-nos, pois, ele foi fazer carreira no norte de Minas onde evoluiu até virar chefe de estação vindo a chefiar Estação de BH. Eu também cresci no Horto completando meus estudos e formando em Engenharia Mecânica, indo chefiar a oficina de Locomotivas Vagões e Maquinistas de Conselheiro Lafaiete.. O ADAUTO sempre se posicionou de forma classista defendendo os interesses e direitos dos empregados sendo por isto convidado a participar da MUTUA em BH. Daí em carreira meteórica passou a Presidente desta associação no Rio e a seguir acumulando a vice presidência da FNTF trabalhando e aprendendo mais e mais com o Líder HÉLIO REGATO, a quem as vezes representa em eventos importantes. Trata-se pois de uma nova estrela, anti comunista, anti petista, anti CUT como a maioria de todos nós ferroviários e como a própria FNTF, que se entrega com energia e destemor na defesa dos límpidos, embora maculados, direitos da nossa sofrida e injustiçada classe dos ferroviários da extinta RFFSA. PARABÉNS IRMÃO ADAUTO !!!
Em qua, 5 de jun de 2019 às 03:08, Ferrovia: Vez e Voz escreveu:
> joaoabelha posted: “Recebemos do líder de classe Adaulto Alves, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF e presidente da Associação Mútua, o seguinte e-mail: “PREZADOS COMPANHEIROS FERROVIÁRIOS Diante da angústia, ansiedade, necessidade, de toda no”
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Fica mais uma vez evidenciado que a jornada para reconhecimento de direitos dos ferroviarios é árdua mas sera sem dúvida vitoriosa com a sempre presente de nossos representantes classistas.
Como tenho enfatizado em matérias aqui públicas a Eles nos cabe prestigiar nos movimentos que realizam pelo sucesso da nossa justa causa.
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Parabéns aos companheiros pela iniciativa, agora em diante, os atuais governantes, não podem alegar desconhecimento das demandas dos ferroviários aposentados , pensionistas e ativos na VALEC, segundo post aqui neste blog, o atual chefe do planalto assumiu compromisso com os ferroviários e metroviários Brasileiros.
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Parabéns aos companheiros pela iniciativa
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Prezada Sonia Viana, parabéns pelo trabalho e iniciativa, mas acho que está havendo um certo desencontro, no ultimo julgamento de DC dos ferroviários, ficou claro ( com base na jurisprudência do TST ) que não há deferimento para claussulas que recuperem PERDAS SALARIAIS, devendo ser estas objeto de negociação entre as partes envolvidas. entendo que este trabalho, elaborado por você e outros amigos, é um material de apoio muito importante , na mesa de negociação do próximo acordo 2019\2020, e nas articulações politicas junto aos órgãos dos quais dependem o DC.
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As pessoas que tem a caneta e poderia ajudar muito a situação dos ferroviário, se escondem. porque eles não passam os apertos que muitos aposentados tem com saúde, financeiros e outros. Muitos aposentados morreram sem obter vitorias e outros irar falecer sem ver luz do túnel. Obrigado Sonia Vianna e Geraldo Castro Filho por relatar os fatos que muitos ferroviário aposentado desconhecem. Devemos unir forças pessoal aposentado através da mídia ou ZAP para que nossos clamor chegue a quem de direito possa olhar os esquecidos velhos ferroviários.
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Companheiro Cleves falou tudo, estamos muito grato a todos companheiros representantes envolvidos nessa importante missão, tinha certeza que nossos representantes mineiros não iriam deixar-nos a deriva, tenho orgulho de correr em minhas veias o sangue mineiro, povo trabalhador, sincero e honesto. fico feliz em começar a enxergar uma pequena luz no final do túnel. Parabéns dr. Geraldo Castro Filho, Adauto Alves, Sonia Vianna, e aos demais companheiros.
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Parabenizo e agradeço ao professor Fernando Abelha de nos manter informado e pelo espaço para que posamos expor nossos comentários , que Deus abençoe o senhor e todos os seus, hoje e sempre. Abraço.
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Adeir
Obrigado por suas palavras.
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Retificação ; onde se lê posamos leia-se possamos.
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Por favor, juntando estes últimos relatos sobre o Dissidio, Acordo Coletivo (2018/2019 e 2019/2020) e o cumprimento da Comissão Paritária de 2014. A quem de direito representa ou é aceito como representante dos ferroviários ?. Grato.
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Sou ferroviario da 4a. geração de minha familia. Meu bisavô abriu picadas para a contrução da ferrovia Paranagua-Curitiba. Meu avô “turmeiro”, meu pai pintor de vagões e locomotivas, eu me aposentei como Gerente de Informatica d SR5.
Posso dizer com sinceridade: Temos FERROVIARIOS e “ferroviarios”.
Orgulho-me de ser chamado FERROVIARIO e sei o quanto FERROVIARIOS temos neste pais.
Por fim, embora sinto-me tambem injustiçado, quero agradecer:
1o) A criação e direção deste blog. Antes dele tudo era segredo.
2o) A todos os FERROVIARIOS combatentes que nunca desistem.
Amauri Bassani
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