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Valor Econômico – ‘Para vender, tem pouca coisa: BB [Banco do Brasil], Caixa, Petrobras, Correios’, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à Globonews. Por sua vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não haverá mais privatizações.

No lugar das privatizações, Haddad defendeu as Parcerias Público-Privadas (PPPs), tema de sua especialidade e de seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo.

“Há um conjunto enorme de projetos sustentáveis que podem ser concedidos à iniciativa privada: aeroporto, estrada, adotando princípios como modicidade tarifária”, disse. São projetos que podem ter como foco a modicidade tarifária, e não o pagamento de taxas de outorga ao governo.

Muitas PPPs deram certo no Brasil, observou. “Aprendemos a fazer.” Alguns projetos não se sustentam apenas pela geração própria de receitas, mas “uma pequena contrapartida da União” pode resolver, comentou. A escolha de Galípolo teve como propósito “destravar” as PPPs. A China, exemplificou, faz muitas joint ventures, PPPs, “para fazerem as coisas andarem”.

No Brasil, projetos na área de mobilidade urbana não fecham a conta sem PPP, afirmou ao acrescentar que concessões, que não utilizam recursos públicos, também são viáveis.

Nem todo investimento público é bem-feito, admitiu. “Perdemos capacidade de fazer avaliação.” Ele ressaltou a necessidade de serem feitas avaliações.

Os Estados estão se beneficiando da lei das PPPs e o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) “funciona muito como desaguador desses projetos”, disse.