Valor Econômico – O ex-ministro Fernando Haddad disse que pretende “deslanchar” uma política de Parcerias Público Privadas (PPPs) e de concessões, após reunir-se com representantes do Banco Mundial em Brasília.

“Eles estão com uma carteira no Brasil que soma US$ 5 bilhões, uma coisa grande. Uma boa parte disso é PPP e concessões. Uma boa parte também é setor privado”, disse. “A gente ficou bem impressionado porque PPP é uma coisa que vai acontecer muito no próximo governo. A gente pretende deslanchar uma política de PPP sobretudo na área de infraestrutura”, disse.Segundo ele, “o Banco Mundial se colocou à disposição para continuar investindo” no país. E que a área de Infraestrutura definirá para que áreas serão destinados boa parte desses investimentos em PPPs e concessões.

“Como conceito é uma coisa importante de a gente retomar, inclusive mudando alguns detalhes da legislação, que são obstáculos que têm refreado a contratação de parcerias. Às vezes dificultando o aval do Tesouro federal, às vezes dificultando a participação da União em projetos de Estados e municípios, sobretudo Estados”, disse. “Acho que tem um campo para a gente restabelecer o patamar de dez anos atrás em relação à carteira de investimentos.”

Haddad se reuniu com o vice-presidente para a América Latina do Banco Mundial, Carlos Felipe Jaramilla, e o diretor da instituição para o Brasil, Johannes Zutt.

Jaramillo falou com jornalistas após o encontro e disse que as conversas também giraram em torno da situação fiscal do Brasil. “Nós seguimos com atenção [a situação fiscal do Brasil]. Nós temos economistas que seguem a situação e nós damos conselhos para o governo na questão fiscal”, disse, sem detalhar.

Além das contas públicas brasileiras, disse Jaramillo, a conversa também abordou temas ambientais, pobreza e fome e crescimento e produtividade, além da situação da economia global e do papel do Brasil nesse contexto.