Por Fernando Abelha

A cada dia se torna mais complexo obter informações, de quem de direito, de como se encontram as atuações pela recuperação dos salários dos ferroviários da extinta RFFSA.

Adauto Alves, ex-presidente da Associação Mútua dos Trabalhadores da Estrada de Ferro Leopoldina, que sempre disponibilizava informações obtidas através da chamada Comissão Paritária Especial, por questões de saúde, afastou-se da presidência do órgão.

A FENAFAP – Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas – que manteve contatos em Brasília pela recuperação das perdas salariais, permanece aguardando retorno das tentativas já desenvolvidas e, segundo consta, com possíveis resultados em favor da categoria.

A Associação dos Aposentados da Rede Ferroviária Federal – AARFFSA, agora sob nove direção, felizmente, já com viagem agendada para os próximos dias à Brasília, promete contatar parlamentares, ministros de Estado e o INSS na defesa de aposentados e pensionistas, estas com 40% de suas pensões garfadas por este governo federal. Isto é: têm direito legal de 100% dos salários dos ferroviários/as falecidos e somente recebem 60%. Reflexo de desgovernos. Isto é o nosso Brasil

Felizmente, contatos mantidos na última sexta-feira e sábado, com dois diretores da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF, em momentos diferentes, obtivemos a informação de que a indigesta VALEC – Engenharia acatou a decisão judicial que reconheceu a legitimidade da FNTF, para atuar a nível nacional, na defesa dos Acordos Coletivos do Trabalho em favor dos esquecidos e abandonados ferroviários da extinta RFFSA.

Como sempre acontece, a VALEC que não se preocupa em demonstrar a sua aversão aos ferroviários da RFFSA, colocou novo obstáculo para cumprir a ordem da judicial. Exigiu que cada Sindicato apresentasse sua pauta, com os Acordos Coletivos – ACT em separado, e assim protelaria a decisão com nove agendamentos de reuniões em diversas datas.

Assim os nove sindicatos procederam mas, inteligentemente, enviaram o mesmo conteúdo da pauta de ACT já encaminhada a VALEC pela Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários.

Espera-se, agora, apenas, que seja marcada a data da reunião, neste caso apenas com a FNTF, ou que seja enfrentada possível nova armadilha que a enfadonha VALEC possa preparar, pelo prazer de anular os lídimos direitos dos ferroviários, hoje órfãos neste governo, que ignora com indiferença perversa o valor que esta classe obreira, hoje envelhecida, prestou por décadas às reservas econômicas do País.