Coluna Lauro Jardim ( O Globo)

-Fundo de pensão com uma das maiores carteiras de investimentos do país, a Refer (Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social) está, mais uma vez, na berlinda.

A Refer foi investigada num braço da Operação Greenfield em 2016, com desdobramentos judiciais até hoje, e agora enfrenta nova confusão. Agora, a nova direção financeira da instituição se tornou alvo de questionamentos de uma das mantenedoras.

No último dia 15, a Central (Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística), administrada pelo estado do Rio de Janeiro, pediu informações à Refer. Quer acesso aos documentos do processo que alçou a executiva de finanças Cláudia Pereira à gerência de recursos do fundo. O argumento é que o cargo ficou vago por “um longo período”, enquanto esteve na mira de “inúmeras investigações policiais”.

O requerimento também solicita que a nova diretora financeira informe à Central que ações tomará em relação ao banco BVA, que também esteve na mira da Greenfield. A Refer tem créditos a receber da massa falida dos negócios do banqueiro José Augusto dos Santos.

Na gestão de Cláudia, no entanto, o fundo suspendeu a cobrança judicial desse dinheiro. Santos chegou a ser preso preventivamente pela Lava-Jato em 2017.

A Central destaca que o empresário tem “notório histórico de fraudes”. A Refer tem cinco dias úteis para se explicar a partir da notificação.

Fonte: O Globo online