Por Fernando Abelha
A ata 819 publicada no site da Fundação REFER, referente à Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo – CODEL, realizada nos dias 22, 23 e 24/03/2022, traz em seu bojo o relatório conclusivo apresentado pela conselheira Maria das Flores, coordenadora do Grupo de Trabalho instituído pela Resolução CODEL n° 14, de 14/10/2021.
Relata a coordenadora que investigações internas levaram a conclusão de supostos desvios de recursos da Fundação REFER, conforme publicação na mídia jornalística. Os contratos analisados pelo referido Grupo de Trabalho, referem-se ao período de gestão da diretoria exonerada em fevereiro de 2021. Era então presidente da REFER o sr. Nilton Vassimon. Depreende-se, pela consignação do conselheiro Saulo de Tarso, que a Fundação sofreu danos materiais e está buscando a respectiva recuperação, através da via judicial.
Seria de extrema importância para os participantes que seja divulgada a relação dos contratos que foram objetos da investigação, os respectivos valores envolvidos nos supostos desvios e os agentes que estariam sendo responsabilizados, judicialmente, pelos danos causados a Fundação.
É importante recordar que, parte deste mesmo CODEL, a maioria de então, exonerou em janeiro de 2020, para atender pedido político do então governo de Wilson Witzel, uma diretoria de incontestáveis ferroviários, que fora aprovada após seleção intelectual e de conhecimento da previdência privada. O resultado aí está. É do nosso entendimento que os conselheiros autores desta ignominia sejam, também, responsabilizados.
É direito legal e estatutário do participante que ele seja cientificado dos riscos envolvidos em seus respectivos planos de benefícios. A Lei Geral de Proteção de Dados -LGPD, não pode ser utilizada em prejuízo dos participantes. A transparência das informações é essencial para um acompanhamento mais eficaz da gestão da Fundação. São 27 mil ferroviários e metroviários participantes a maioria deles aposentados e pensionistas.
Prezado Professor Abelha, bom dia!
Muito lúcida sua matéria publicada no dia de hoje.
Esperamos que tal Comissão criada pelo Conselho não seja no padrão daquela criada para apuração das msgs apócrifas, enviadas por zaps em 2019, consideradas criminosas, se omitiram de tomar decisões, após os resultados das investigações policiais e do MP.
Nosso receio será dar atestado de idoneidade à aqueles que deveriam ser responsabilizados por tudo que a Fundação vem passando nos dois últimos anos.
É bom frisar que o Cofis cumpriu com suas obrigações recomendando uma série de providências, denunciando os desvios financeiros e de conduta, que estavam ocorrendo naquele período.
Saudações.
Almir Gaspar
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