Por Fernando Abelha

Recebemos do advogado e ferroviário Alcir Alves de Souza, resposta de e-mail por nós a ele enviado, no sentido de obter novas orientações para que possamos transferi-las aos ferroviários que acompanham as notícias do blog.

Eis a resposta esclarecedora:

“Boa tarde, professor,  

Li, com atenção e bastante interesse, o e-mail que o amigo me enviou, dando conta da sua ida à sede da FNTF. Agradou-me saber que o senhor JORGE MOURA, ferroviário como nós, figura influente na administração da extinta RFFSA, também se mostra preocupado, interessado numa rápida solução para os desconfortos que atingem aos ferroviários.

Não tenho dúvida de que a FNTF e membros da Comissão Paritária Especial e demais dirigentes classistas leem e acompanham todo o noticiário do BLOG. Mas, estão alinhados, achando que vão resolver o nosso problema por meios políticos.

É um ledo engano, no meu entender. As nossas críticas, sugestões e orientações, ainda que justas, não são vistas com simpatia.

Eles sabem, têm consciência, que o caminho, agora, é o jurídico. Não tem como protelar. A resposta do Governo (entenda-se MINFRA, VALEC e ME), é como “dar um tapa com luva”, reconhece o nosso direito, mas nega-se a atender o postulado pela FENAFAP.

É, entretanto, uma munição e tanta na instrução de um processo entregue à análise de um bom juiz. Se o assunto for tornado público, através da grande mídia (em especial, da imprensa), pode, pela sua natureza, e ante a repercussão negativa alcançada, vir a constituir-se em benefício da classe, na hipótese de a matéria chegar ao conhecimento direto do senhor Presidente da República. São quase 60 mil ferroviários (ativos e inativos) prejudicados.

Estimular a que se promovam ações isoladas, individuais ou coletivas, não me parece oportuno, ainda, até porque não resolveria o problema de milhares de irmãos nossos, todos em extrema penúria.

Contribuí no que pude, oferecendo meus préstimos, como advogado, aos companheiros mais próximos, e à classe de um modo geral.

Creio que não convém, no presente momento, acirrar os ânimos. Mas, sim, dar aos membros da Comissão Paritária Especial, mais um pouco de tempo. Gostaria de ter menos idade (estou próximo de completar 87 anos), para, como operador do direito, participar, mais diretamente, da luta em defesa de uma questão legítima, covardemente vilipendiada por quem tem o dever legal de equacioná-la.  

Abraço forte no amigo. 

Alcir Alves de Souza” 

Observação do Blog:

Com a palavra a Comissão Paritária Especial