Texto de Fernando Abelha

O massacre contra os ferroviários da extinta RFFSA prossegue impiedosamente aos olhos omissos do Governo Federal.  Os reajustes da inflação são negados; o plano de saúde foi por água abaixo; a Fundação REFER aguarda há 17 anos que honrem o compromisso assumido pelo Ministério dos Transportes na mudança do Plano de Benefício Definido para o de Contribuição Definida, mudança imposta pelo governo, por seu próprio interesse.

Como se não bastasse agora os ferroviários são demitidos em massa no Nordeste. Sindicalistas representantes dos Estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte encontram-se em Brasília com o objetivo de tentar reverter as demissões dos ferroviários da extinta RFFSA transferidos por sucessão trabalhista para a Transnordestina Logística S/A (TLSA), empresa privada controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional – CSN e criada a partir da cisão da Transnordestina Logística.

Estranhamente, a TLSA deu baixa nos CNPJs dos Estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em consequência demitiu centenas de ferroviários da extinta RFFSA para ela transferidos. Foram demissões em massa atingindo, inclusive, os sindicalistas dos três Estados. A TLSA, com sede em Fortaleza, mandou representantes a cada Estado, com o objetivo de efetuar os desligamentos.