Pelo ferroviário Genésio Pereira dos Santos
Edição de Luis Fernando Salles
Em legislaturas passadas, a classe ferroviária, a que fazia, ao tempo da Rede Ferroviária Federal S.A.-RFFSA (22 FERROVIAS), “o trem andar,”lá pelas décadas de 70,80, 90, elegia candidatos natos, que bem representavam milhares de profissionais da laboriosa categoria de trabalhadores.
Os sindicatos tinham força e a manifestavam por ocasião dos Acordos e Dissídios, na luta por reajustes salariais, no mês de maio (data-base). As autoridades não tergivergiam, pois sabiam que a greve pararia a circulação dos trens. Quase sempre tudo era revolvido numa boa!
Hoje, tudo mudou. O governo faz o que quer (VALEC) e a classe, para obter 5% de reajuste, os líderes têm que se humilhar, ajoelharem-se a fim de que milhares de aposentados e pensionistas e um punhado de ativos não morram de fome.
Este preâmbulo é também para dizer que os ferroviários precisam sair dessa orfandade de representação de classe e eleger, representantes em nível nacional, no sentido de que, no Congresso Nacional, ouçam-se as vozes dos representantes do modal ferroviário, tal quais as dos rodoviários, que, através dos lobistas, se unem e elegem bom número de parlamentares para as duas Casas Legislativas (Câmara e Senado). O Estado do Rio só tem um deputado ferroviário, o engº Paulo Feijó (uma andorinha só, que, apesar de, faz verão) e tenta, desesperadamente, ajudar os colegas que o procuram lá no Parlamento… A representação deve ser também nas Assembleias.
A classe tem muitos problemas e reivindicações de peso, que exigem um número maior de representantes e de parcerias. Ela não pode ficar à mercê de participações episódicas de pares de Feijó, que, muitas das vezes, “pegam o pião na unha,”faltando-lhes a vivência intrínseca para encaminhar as soluções, relativamente às questões de direito dos que “fazem o trem andar.”
Em 2018, a classe terá a grande chance e precisa “botar a cara na reta” e sair em campo, do casulo da acomodação, lançando nomes dos que têm trabalho, uma folha de serviços relevantes, em defesa de seus direitos anos e anos pretéritos, na busca de conquistas substanciais, como as Leis nºs 8186/91 (31-05-91) e 10.478/02.
Cerrarem-se fileiras é preciso, em torno de colegas que, por certo, com sacrifício, bem poderão representar os aposentados, pensionistas e os poucos empregados ativos. As próximas eleições serão a grande oportunidade, sabe-se, que a sociedade está disposta a virar a página de corruptos e corruptores, afastando-se, pelo menos, 500 deputados e 70 senadores, por não serem “personas gratas,” no Congresso Nacional.
Vamos interromper essa orfandade de representação parlamentar de ferroviários, agora!
E estamos conversados!
Genésio Pereira dos Santos
é advogado, jornalista e escritor
Parabéns Genésio pela colocação muito bem fundamentada que muitos ferroviários pensam e gostariam de ter escrito, inclusive eu.
Os governos federal e estaduais, bem como a classe política, menosprezam os ferroviários. FHC não reajustou os salários por um bom tempo. Collor, Lula, Dilma citaram o balde e castigaram os ferroviários. Temer nada fez pelos ferroviários. Creio que desconhecem a capacidade dos ferroviários em colocar os trens nos trilhos. Os da ativa não estão sozinhos: aposentados, filhos, filhas, pais, avós, padrinhos, madrinhas, irmãos, irmãs, tios, tias, compadres, madrinhas, afilhados, afilhadas, primos, primas, amigos, amigas, vizinhos e demais, estarão juntos nessa companha trocando aqueles que torcem para a baixa nas fileiras de ferroviários.
Continue com suas contribuições sempre verdadeiras que representa os esforços de uma Classe que muito contribuiu para o crescimento desse país.
Abraços.
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Esta proposta do Genesio, além de ser oportuna é extremamente válida para que possamos melhorar a qualidade de nossa representação como ferroviários ativos e principalmente os aposentados.Sugiro ainda que, através desse colega, possamos levar esta mensagem a todos que, como eu, poderemos ter mais orientações e indicações nesse sentido.
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Parabens pela colocação. Realmente hoje mais do que nunca precisamos unir as entidades representativas da classe ferroviária para eleger politicos que defendam os interesses dos ferroviários e seus familiares.
Como se sabe o Brasil só tem uma Politica de Estado que vem sendo seguida a risca por todos os governantes e seus partidos: A ELIMINAÇÃO DA CLASSE FERROVIARIA.
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Amauri
Por todo o território nacional necessitamos que a nossa classe se mobilize e indique os candidatos que tenham compromisso conosco. Não importa o partido político. Necessitamos sim de representatividade no Congresso Nacional. No meu entendimento esta é a única saída para nossa combalida classe.
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