Aconteceu, recentemente, a cerimônia de lançamento das obras do processo de restauro do Complexo Ferroviário de Taubaté, incluindo o prédio principal e a plataforma. A execução será conduzida pelo Instituto I.S, especializado em desenvolver projetos que fortaleçam os âmbitos socioculturais e econômicos nos municípios, tendo como foco o conceito de economia criativa e cidades inteligentes.

“Nós, da MRS, sempre demos muito valor à preservação do patrimônio ferroviário. Sempre foi e continua sendo muito importante mantermos viva a história da ferrovia, agregada ao desenvolvimento que ela sempre proporcionou às cidades. Fazer parte desta bela parceria, que viabilizou o restauro da Estação Ferroviária de Taubaté, é algo muito significativo, ainda mais pela contribuição que será dada, mais uma vez, à comunidade, com um espaço voltado à inovação”, pontua a gerente geral de Relacionamento Institucional, Rosa Cassar.

“Estamos felizes com o avanço desse projeto que já dura 10 anos. A cerimônia de lançamento é um marco para Taubaté e para a preservação do patrimônio. Nosso propósito, enquanto think tank, é trazer iniciativas que ajudem pessoas, empresas e governos a se desenvolverem muito além do fator econômico, abrangendo âmbitos como o cultural, social, tecnológico, ambiental e humano”, afirma o presidente do Instituto I.S, Rodrigo França.

A iniciativa foi viabilizada com apoio financeiro da MRS, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da EDP e da Gestamp no valor de R$ 6,2 mi por meio da Lei Rouanet. Será criada, no local, a Estação do Conhecimento, uma transformação de um patrimônio histórico fechado há 40 anos em um ambiente multidisciplinar, de valorização da cultura e aposta em inovação, na economia criativa e no turismo.

O PROJETO

Durante o processo de recuperação do patrimônio histórico, serão explorados artefatos deixados no local e acervos pessoais resgatados pela comunidade, com objetivo de exaltar as riquezas que serão expostas futuramente na Estação do Conhecimento e tangibilizar o resgate da história da cidade de Taubaté.

“Estamos trabalhando em prol de uma ‘Agenda Única de Desenvolvimento’ na região metropolitana do Vale do Paraíba, considerando as externalidades, arranjos produtivos e potencialidades, visando em modelo hélice quádrupla a construção de uma região inteligente”, pontua Rodrigo França.

O Instituto I.S, por meio da Lei Rouanet, é uma entre as 27 entidades selecionadas em 2021 para receber o apoio financeiro de R$6,2 milhões do BNDES no programa “Resgatando a História”, que permitirá concluir o restauro completo do complexo ferroviário de Taubaté. A organização é cessionária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e responsável por administrar e operar, no patrimônio federal, a “Estação do Conhecimento: educação, cultura e turismo”.

CONTEXTO HISTÓRICO

Inaugurada em meados do século XIX, na Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), a Estação Taubaté, por muitos anos, foi o principal meio de ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, ao longo do Vale do Paraíba. A estação funcionava como carga e descarga de mercadorias, além de servir como transporte para passageiros, entre eles, o presidente Getúlio Vargas. Datado de 1876, o complexo é registro da história do desenvolvimento econômico nos períodos imperial e início da república, por meio do escoamento do café para o Porto de Santos, onde era exportado para a Europa e para os Estados Unidos. Da mesma forma, sinalizava para início da industrialização paulista e seu valor simbólico para a construção da identidade de Taubaté como uma importante e rica cidade do interior paulista.