Os trabalhos de restauro vão incluir reparos nos pisos, revestimentos, laje e instalações elétricas. A reforma também inclui a instalação de um centro cultural no local

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Um acordo assinado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Supervia promete revitalizar a Estação Ferroviária da Leopoldina, no Centro do Rio. O destino do terminal tem sido alvo de imbróglios na Justiça desde 2013. Os trabalhos de restauro vão incluir reparos nos pisos, revestimentos, laje e instalações elétricas. A informação foi dada pelo jornal O Globo.
Pelo trato, a concessionária que administra o serviço de trens no Rio ficará responsável pela reforma das quatro plataformas por onde circulavam os trens e a gare, nome do pátio da área de embarque dos passageiros. Já o prédio de quatro andares na Rua Francisco Bicalho, é de responsabilidade conjunta da União e do Estado do Rio, que prometeu construir um Mercado Público. O projeto, contudo, ainda não saiu do papel.
Em nota enviada ao Globo, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que uma empresa foi contratada para realização do projeto necessário às obras futuras e que “foram estabelecidos entendimentos e providências administrativas no sentido dar início à efetiva restauração do prédio, além da busca por entendimento com ente federativo local”.
Pelo acordo entre a SuperVia e o MPF, os pisos e revestimentos centenários das plataformas serão recuperados, assim como a rede de iluminação e o sistema de águas pluviais. Já na gare, além das revitalizações, as telhas e o forro interno da cobertura vão ser substituídos, e os dois banheiros públicos existentes passarão por reforma. Também será instalado um sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
No interior da estação, será instalado, no prazo de até um ano após a conclusão da reforma, um centro cultural com investimento mínimo previsto de R$ 500 mil. As intervenções deverão seguir o projeto executivo que foi apresentado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O MPF tenta a recuperação do espaço desde 2013. Em 2021, o juiz Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, declarou, após vistorias, que o cenário da estação era “deplorável” e “digno de dar vergonha”, com janelas quebradas, pichações, fissuras e restos de telas.
O prédio é de dezembro de 1926. Foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). E foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil.
Fonte: Site Diário do Rio
Para uma revitalização decente teria que haver inclusive um acesso igualmente decente até o local. Na cidade do Rio de Janeiro infelizmente isso não existe para a região da Leopoldina. Quem vai se dispor a ir a um Centro Cultural de difícil acessibilidade e sem nada interessante no entorno além da péssima reputação do local? Difícil imaginar uma recuperação ali… Como um Museu do Trem até que poderia ser uma possibilidade. Nada mais. Desculpe mas sou incrédula mesmo quanto a essa recuperação.
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