Por Fernando Abelha

Recebemos do advogado/ferroviário Alcir Alves de Souza afetuoso texto que nos agracia com generosas palavras   de encorajamento. São muitas frentes de luta: salários defasados com perdas acima de 50%; verdadeiro deboche pelos governantes com desrespeito às determinações legais, quanto aos Acordos Coletivos de Trabalho, que completarão no próximo 1º de maio, três anos sem que seja aplicada a correção da inflação; os desmandos que envolvem a Fundação REFER, com parte do Conselho Deliberativo e a diretoria exonerada recentemente, certamente, comprometidos politicamente com governo que sangrou o Estado do Rio mas fora, felizmente, destronado.

Lembro -me do ensinamento, por várias vezes repetido por meu saudoso pai, quando a unidade entre os cinco filhos era quebrada, levando-os a contendas de palavras. Ele juntava cinco varetas de bambu, em único fecho e entregava-o a cada um para que quebrasse. Tentativa vã. Então, separava-as e cada um quebrava a com facilidade a vareta desconectada do fecho. Momento em que afirmava: da mesma forma vocês separados serão facilmente vencidos. Se os cinco estiverem juntos no mesmo objetivo, será muito difícil a derrocada.

O mesmo exemplo se aplica no momento aos ferroviários do bem. Juntos no mesmo objetivo teremos maiores chances de sairmos vitoriosos.

Eis o belíssimo e importante texto do advogado Alcir Alves de Souza:

– Há pouco mais de um ano, ou melhor dizendo, em outubro de 2020, tive o meu primeiro texto publicado neste importante BLOG. Um canal de comunicação, criado pelo prezado e ilustre professor e jornalista FERNANDO ABELHA, sempre aberto, democraticamente, a todos que dele se utilizam, desde que não ofendam a honra de pessoas.

O seu principal objetivo foi alcançado, oferecer acessos a ferroviários e metroviários, e a diferentes órgãos, públicos e privados, que queiram, em algum momento, publicar notícias, expor ideias, críticas e comentários.

Confesso que, naquela oportunidade, senti-me honrado com a acolhida e o crédito dispensado ao meu modesto trabalho. Ao longo desse tempo, outros escritos meus foram sendo publicados, com um alcance que acredito ter sido positivo. Era o meu engajamento numa luta, então iniciada pelo nosso incansável professor, na defesa dos direitos da classe, como um todo.

O nosso trabalho sempre foi, concomitantemente, crítico e construtivo, norteado pela ética e, também, pelo respeito a pessoas e instituições. Exigíamos, e continuamos a exigir, medidas e atuações transparentes, concretas e objetivas, por parte das federações (FNTF e FENAFAP) e associações. A nossa luta é incessante e insistente contra atos cometidos por órgãos do Governo Federal, como o MINFRA e a VALEC, diretamente responsáveis pela grave situação a que, hoje, estamos subjugados.

Estamos no limiar de um NOVO ANO, um ano eleitoral, de muita movimentação política, uma vez que teremos eleições para a Câmara, para o Senado e para a Presidência da República. Há esperança de que, a partir de 10 de janeiro de 2022, sejamos surpreendidos com notícias altamente positivas. Membros integrantes da Comissão Paritária Especial e líderes classistas estão atuando junto a políticos Congressistas, em busca de ajuda, de adesão à nossa causa. Contamos, ainda, com o apoio e a solidariedade de uma plêiade de companheiros ilustres, que não esmorecem nem desistem fácil.

Segundo se noticiou aqui, companheiros aposentados, de várias regiões e estados do País, estariam se movimentando junto a políticos conhecidos e/ou amigos, no sentido de obter ajuda, agregando-os a essa mesma luta. A “guerra” não estará perdida, em hipótese alguma, ainda que não logremos êxito nessas tratativas. Continuaremos a defender, com o mesmo ânimo de antes, a ideia de se buscar a tutela jurisdicional. Uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA com pedido de TUTELA DE URGÊNCIA (Art. 300, do CPC), seria, então, oportuna nesse momento.  

ALCIR ALVES DE SOUZA