Por Fernando Abelha

O contribuinte paga caro após a desastrosa política liberal de Fernando Henrique Cardoso, complementada por Lula da Silva, que exterminou com os 28 mil quilômetros de linhas do modal ferroviário, após a concessão da RFFSA à iniciativa privada.

Dos 28 mil Km estão hoje em operação cerca de 12 mil. O restante foi abandonado, sucateado, furtado e invadido. Essa medida de conceder a ferrovia a alguns grupos privados que operaram hoje apenas suas cargas unitárias, abandonando quase que totalmente as cargas gerais, proporcionou ao transporte rodoviário o poder que detém hoje sem a concorrência ferroviária.

A construção e interligações de novas linhas deveriam ocorrer, gradativamente e concomitantemente, com a operação ferroviária das superintendências da extinta RFFSA, sem prejuízo do avanço da tecnologia com a construção de novos trechos para atender principalmente ao agronegócio.

Agora, o governo fica nas mãos dos caminheiros que ameaçam parar e conseguem o que pretendem sob a alegação de aumentos de custos do transporte rodoviário provocado pelo preço do diesel. Mas, os custos altos do rodoviário, têm produzido outro reflexo bem mais perceptível: uma pressão contínua sobre os preços pagos pelos consumidores por produtos que dependem diretamente da logística rodoviária. Falta-nos a presença ferroviária e a cabotagem no indispensável transporte da carga geral.

E agora José?