Após resultados abaixo das expectativas no fim de 2019, a Rumo afirmou que prevê volatilidade no comércio global de grãos neste ano. A companhia negou que fatores como coronavírus e o acordo comercial China-EUA tenham afetado a movimentação de carga até o momento.

Mas seus executivos dizem que há incerteza no mercado, o que deverá provocar uma redução na assinatura de contratos take-or-pay – em que o cliente paga pelo serviço logístico mesmo que não o utilize. A incerteza em relação a volumes exportados aumenta, por exemplo, a probabilidade de um exportador ter que pagar pela entrega do produto, ainda que a empresa de logística não consiga completar o serviço. Esse ambiente faz com que as tradings estejam menos dispostas a assinar esse tipo de contrato, diz o diretor de relações com investidores da Rumos, Ricardo Lewin.

A empresa de logística do grupo Cosan teve alta de 47,6% no lucro líquido no quarto trimestre. Mas a receita avançou apenas 1,1%, e o volume transportado, 0,4%. A expectativa é de avanço maior nos volumes em 2020.

O diretor também rebateu a tese de que a recente pavimentação da BR-163 tenha derrubado os preços dos fretes rodoviários – o que poderia ter contribuído para a menor movimentação nas ferrovias da Rumo em dezembro.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/02/17/inc…