Recebemos do economista Paulo Leite mensagem referente ao texto de e-mail difundido pela AENFER-Associação dos Engenheiros Ferroviários, sobre às eleições da Fundação REFER.

Texto de Paulo Leite – 36. Candidato ao Conselho Deliberativo da REFER

“A Classe Ferroviária ao se organizar em diversas Associações teve por precípua finalidade, além de defender a Ferrovia, procurar orientar e lutar pela melhoria e proteção aos seus associados.

Assim, ao longo do território brasileiro, foram criadas diversas Entidades de Classe Associativas, chegando algumas delas a celebrar um século de sua fundação.

Difícil acreditar que, sob a ânsia de defender candidatas nas Eleições que estão em curso na REFER, para mudança de um membro em cada conselho, Deliberativo e Fiscal, uma Associação de longa história e bons serviços prestados a Classe Ferroviária e ao Brasil, através da sua atual Diretoria, divulgue para seus Associados e ao público em geral suas preferencias eleitoral, alegando precisar mudar sobre o argumento de que a REFER “….nos últimos 15 anos foi tomada de assalto por grupos políticos…,havendo perdas expressivas da ordem de aproximadamente R$ 400 milhões.” (grifo nosso).

Desespero pela possibilidade de não eleger as suas candidatas preferidas.  É o que deixa transparecer.

Será que elas possuem um currículo excepcional superando aos dos demais candidatos?

Possuem algum certificado de honestidade diferente daquele que possuem os demais candidatos?

 Dos “últimos 15 anos” a que se refere essa “associação”, participei da REFER como Diretor de Administração e Finanças, por 4 anos e 8 meses (agosto de 2004 a março de 2009), período em procuramos superar os índices da meta atuarial. Não aconteceram perdas como pode ser fartamente comprovado, consultando-se os Balanços Anuais, os Pareceres dos Auditores Externos disponibilizados no site da Fundação e a PREVIC.

A guisa de lembrar aos senhores diretores da “associação”, não posso deixar de consignar que todos os seus Associados participantes da REFER, receberam nos dias devidos as suas Aposentadorias/Pensões com as devidas correções previstas em Lei, embora não tenha sido repassado às reservas matemáticas da Fundação, mais de UM BILHÃO DE REAIS relativos à época, ao montante das dívidas da RFFSA, CBTU e METRO/RIO.

Renunciei ao cargo de Diretor Financeiro em 31 de março de 2009 por não concordar em mudar a Política de Investimentos, essencialmente conservadora,  que introduzi e que foi aprovada pelo Conselho Deliberativo, nos 4 anos de nossa gestão. Preferi voltar para casa com a consciência tranquila de ter cumprido com meu dever, com lisura e dedicação. Por este motivo não aceito de maneira nenhuma, ser enquadrado na infeliz expressão “tomada de assalto” a que se referiram os senhores diretores dessa “associação”.

Os fatos ocorridos após minha renúncia não me dizem respeito mas sim, à Polícia Federal, ao Ministério Público e  a 3ª Vara da Justiça Federal do RJ, que ainda aguarda o encerramento do inquérito e a possível denuncia para responsabilizar aos que, se comprovado, provocaram perdas ao Patrimônio da REFER.

A Diretoria da qual fui integrante não teve nada a ver com esses tristes e lamentáveis fatos ainda em apuração e em momento algum deixou de zelar para garantir proteção futura dos seus Participantes, Assistidos e Pensionistas que acreditaram e acreditam na continuada proteção que a REFER vem lhes oferecendo através dos anos, com pontual pagamento das suas aposentadorias complementadas.

Certamente, as Eleições de hoje transcorrem com a esperança dos candidatos como um todo, de que que prevalecerá no decorrer das campanhas o respeito mútuo entre os concorrentes, na busca do voto expresso por cada um dos Participantes, sem que ocorram dúvidas como em eleições passadas.

Democracia é feita pelo respeito a todos os candidatos e ao resultado das urnas, mas com a lealdade de aceitá-lo sem apelações levianas e generalizadas.

PAULO LEITE

CODEL 36