Edição de Luis Fernando Salles
Crédito da foto: Milos Popovich
Muito se discute que um dos motivos pelo baixo desenvolvimento da economia brasileira está ligado a restrita malha ferroviária distribuída por nosso território.
Na imagem abaixo, podemos ver a quantidade de ferrovias que ligam a Europa de ponta a ponta. Outro nível.
Aqui no Brasil o governo fica com medo de ajustar o preço do diesel com medo dos caminhoneiros.
Quem mandou acabar com a malha ferroviária brasileira, agora pagamos com a burrice dos nossos governantes.
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Eu pergunto: quem mandou erradicar a malha ferroviária brasileira?
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No Brasil, a malha concedida para a operação privada em 1995/1996, de propriedade da RFFSA, tinha aproximadamente 24.000 km. As concessionárias abandonaram mais de 15.000 km e o Poder Concedente, Judiciário, Órgãos Fiscalizadores (ANTT, MT…) calados tal qual meninos cagados.
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Acabo de assistir uma entrevista com o Onix e o ministro da Infraestrutura, citando alteração na política de transporte, errada, praticada nas últimas 5 décadas no Brasil. Entre as medidas adotadas, citam: melhorias e investimentos privados em Portos e Aeroportos.
Será que desconhecem a realidade da vocação brasileira: ferrovias (grandes cargas a grandes distâncias) ou será que se trata de lobby do setor rodoviário que os impede de citar o modal???
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José Luciano Furtado , trabalhou em Araxá substituindo o Maurillo?
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A malha ferroviária começou a ser erradicada no governo do Color de Mello,continuou no governo do Fernando Henrique e foi enterrada no governo do presidente LULA. Cometeram um crime de lesa a PÁTRIA.
aTRIA
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O DESMONTE È MAIS ANTIGO.
Não, Odevar Rodrigues, o desmonte começou com os governos militares, pelo meno aqui em Pernambuco, só para citar alguns trechos erradicados apartír de 1964 .Recife/limoeiro em torno de 100 kms, Recife/Garanhuns ( desvio em Paquevira ) em torno de 100kms, Recife/ Barreiros( desvio em Ribeirão) em torno de 60Kms, Recife/Cortês ( desvio em Ribeirão) em torno de 40 Kms, e outros pelo Nordeste afora que nem lembro, o outro detalhe é que quando os PTralhas, assumiram em 2002, todo o sistema já estava privatizado, reverter o processo carecia de muito apoio popular, e isso nunca houve, inclusive, muitos de nós, quando tentávamos alertar a categoria para o risco da privatização, éramos tidos como loucos, a verdade é que poucos ferroviários acreditavam no desmonte da RFFSA.
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Pegando um gancho nesse comentário DESMONTE. Se analisarmos as ferrovias foram ampliadas no inicio dos anos 30 e teve seu auge nos anos 40 a 60 que se prestava mais a transportes de longos cursos mas para passageiros e que por necessidades ligavam cidades dando verdadeiras voltas. Aqui na região das Minas Gerais por exemplo tínhamos a ferrovia que chegava até o centro da Cidade de Araxá pra atender a demanda do transporte de massas em que ela efetuava o sistema de curva em ferradura com quase 15 km para passar próximo ao ponto central da cidade e saindo em relação e esse numa distância de 900 metros. Isso se deu por causa do tipo de trem utilizado como dito acima para transporte de pessoas.
Com Juscelino ascendendo ao cargo de Presidente, o mesmo lançou o slogan “GOVERNAR É CONSTRUIR ESTRADAS” referindo-se às estradas de rodagem rodoviárias, principalmente por estar trazendo para o Brasil uma filial da Wolksvagen para produção de veículos em série e brasileiros.
Com o aumento das estradas rodoviárias e o incremento e investimento em caminhões, o transporte ferroviário de massa passou a entrar em colapso e começou a gerenciar apenas o transporte de cargas, que era necessários efetuar vários arranjos matemáticos para captação das cargas, sempre perdendo para os já aumentados transportes por caminhão e fretes mais em conta em função da rapidez e com a vantagem de que a maior parte dessas frotas rodoviárias retornam com outras cargas.
Se nossa malha ferroviária fosse toda RETIFICADA como se pretendeu no início dos anos 80, considerando inclusive o exemplo que dei acima, talvez entrasse em maior competitividade mesmo que às vezes grandes cargueiros voltassem à origem de partida, batendo lata, como dizíamos.
Outra coisa que influía negativamente dentro de cidades até cosmopolitas, eram as PNs que com cargueiros de até 108 vagões, se tornavam um transtorno para os condutores de veículos com fechamentos de canceças.
Sou ferroviário aposentado e vejo com saudade as lembranças que vivi no auge do regime militar, como com o apoio dos batalhões ferroviários na atuação nas grandes obras de infraestruturas e das então retificações de trechos, como o que liga Uberlândia a Brasília que atendia as duas variáveis, de massa e de cargas sem interferência direta nelas. Mas infelizmente não conseguiu sobrepor ao rodoviário crescente e com mais perigo para a população mas, mais eficaz.
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Bem lembrado ,João Batista.Era pra suprimir os ramais anti econômicos.
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É uma pena o Brasil ser um pais continental e ter que ser controlado por um único governo quando deveria ser descentralizado em governos estaduais com autonomia para gerir seus próprios recursos e com ingerência mínima do governo federal. Na Europa, cada país em que os maiores tem as dimensões máximas de um estado como Minas Gerais cuida cada um de sua ferrovia e os pontos de integração internacional entre elas. Levando-se em consideração a cultura milenar destes, é interessante que aqui cada Estado procurasse construir suas respectivas ferrovias ligando seus municípios até o ponto extremo de cada Estado e deixando apenas pontos de possíveis interligações com outros estados caso esses também se prontificassem a executá-las num sistema de integração nacional independente do governo centralizador de Brasília.
Não adianta efetuar rotas ferroviárias comerciais de produtos como muitos aqui pensam que não resolverá nunca o problema da integração. Tem de construir trens de passageiros de alta velocidade.
Exemplo: Em agosto do ano passado, estive em Paris por 9 dias e rodei praticamente tudo la via ferrovia, quer seja subterrânea, quer de superfície, inclusive o VLT recente construido que liga os pontos terminais dos metrôs circulando de contorno em quase toda sua periferia.
Além disso, as outras facilidades que tive lá, onde fiz um bate-volta entre Paris e Londres pelo Eurostar e em seguida outro bate-volta entre Paris e Amsterdan pelo TGV.
Então esse tipo de comparação com o nosso regime atual de governo é até vergonhoso.
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O Governo Militar facilitou a implantação da fábrica de locomotivas da GE em Campinas q atendia a exportação e ao mercado interno. -200 novas locomotivas foram adquiridas
– a “linha do centro de bit 1.60 foi duplicada facilitando e agilizando o transporte para o porto de Sepetiba que foi ampliado e modernizado.
-Entre Minas e Goiás o BATALHÃO FERROVIARIO, executou varias obras de implantação e modernização do trecho para facilitar o transporte de combustíveis e grãos.
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