Comentários de Fernando Abelha
Transcorridos cinco dias desta semana, período predeterminado para que a VALEC – Engenharia se pronunciasse sobre os reajustes dos ferroviários, a empresa, de forma inaceitável, equivocada e arbitrária, vem desconsiderando a orientação emanada pelo Tribunal Superior do Trabalho – TST, Turma de Dissídios Coletivos, ao se manter silenciosa em flagrante desrespeito ao Poder Judiciário e lesivo prejuízo à classe dos ferroviários em atividade, menos de 400, mas que repercute, perversamente, na vida de milhares de aposentados e pensionistas, na sua grande maioria, em avançada idade, e que há mais de dois anos estão sem atualização dos seus vencimentos.
Mas, é ditado popular, que “nada melhor do que um dia depois do outro”. Assim, conforme notícia veiculada ontem pela imprensa, foram reabertas as investigações para apurar as fraudes, os desmandos, desvios de dinheiro público, lavagem de dinheiro e muitas outras falcatruas em que a VALEC – Engenharia se viu envolvida nos últimos anos. É possível que a nossa classe não seja atendida por faltar gestores na VALEC, para assinar os Acordos Coletivos. Veja matéria abaixo:
Prosseguem investigações da Polícia Federal
na apuração dos desmandos da VALEC
O Ministério Público Federal (MPF-GO) e a Polícia Federal deflagraram na manhã de ontem, dia 30 a Operação Tabela Periódica, mais uma etapa da Operação “O Recebedor”, que apura fraudes na construção das Ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste. Foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva em Goiás e mais oito unidades da Federação.
As diligências foram realizadas nesta manhã em Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Bahia e Espírito Santo.
Segundo o MPF, o objetivo é recolher provas adicionais do envolvimento de empreiteiras e de seus executivos na prática de cartel, fraude em licitações e pagamentos de propina a ex-diretores da VALEC – Engenharia, relacionadas aos contratos de construção das ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste, revelados em acordo da Camargo Corrêa com a força-tarefa da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras.
As provas colhidas vão ser utilizadas para punir empresas e executivos envolvidos no esquema de fraude nas licitações da construção das ferrovias.
Fonte: G1

Vai acontecer o que aconteceu com o Cachoeira,condenado a 30 anos cumpriu um e já esta solto.
Eta paisinho bom.
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Está muito claro que irão desistir do acordo. Só estão ganhando tempo.
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Amigo
O assunto envolve o TST. A VALEC não pode estar acima da justiça. Vamos enfrentá-los se necessário for.
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E agora o TST entrou em férias; quem julgara os dissídios ?
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QUE A JUSTIÇA FAÇA JUSTIÇA.
Já que os dirigentes da VALEC, não estão nem ai, para os ferroviários, nossa unica esperança, é que o TST, use dos rigores da lei, imponha de forma unilateral os indices a serem ajustados, ou quem sabe, mande buscar de forma coercitiva,o presidente da empresa para ele se explicar em Brasilia.
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Espero que o juiz dr. Sergio Moro investigue bem a atual direçao da VALEC que deve ter algo de podre nesse reino, e saber o por que estao descumprindo acordo do Dissidio Coletivo homologado pelo TST. Sera que pensam que estao acima da Lei?
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O nosso reajuste da VALEC não poderia ir para o STF?
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Antonio
Até o momento o Tribunal competente é o TST
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Caro Professor Fernando Abelha, Parabenizo pelo blog e agradeço o empenho em nos deixar informados a respeito dos assuntos relacionados aos ferroviários.
Recebi a notícia que transcrevo abaixo sobre a negociação do acordo coletivo dos trabalhadores da CBTU e demais ferroviários. É difícil entender como as negociações caminham em algumas áreas e quando se trata de aposentados ficam emperradas:
“Primeiro acordo mediado pelo ministro Emmanoel Pereira encerra impasse entre CBTU e empregados
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os sindicatos dos trabalhadores em empresas ferroviárias e metroviárias de diversos estados e a Federação Interestadual do Sindicato dos Engenheiros assinaram o acordo coletivo 2016/2017, na quarta-feira (29), em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho. O vice-presidente, ministro Emmanoel Pereira, dirigiu a conciliação, que resultou no primeiro ajuste realizado na sua gestão.
O acordo estabelece reajuste salarial linear de 8,28%, retroativo à data-base (1º/5). O percentual também vai incidir sobre todas as cláusulas econômicas acertadas antes de a Companhia ajuizar dissídio coletivo para solucionar a divergência que existia sobre o aumento dos salários.
Inicialmente, a CBTU indicou reajuste de 5,5%, mas os empregados defenderam a aplicação do Índice do Custo de Vida (ICV), de 9,43%, calculado pelo DIEESE. Na primeira audiência de conciliação, em 22/6, a empresa aumentou o percentual para 8,28%, e os trabalhadores decidiram aceitar a proposta somente se fossem adicionados mais dois níveis no plano de carreira. A Companhia recusou a condição, mas levou para a avaliação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o novo índice de 9,28% sugerido pela categoria dos ferroviários. O DEST não aceitou a contraproposta.
Avaliações
A presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, Alda Lúcia dos Santos, considerou positivo o resultado da negociação, mas fez algumas ponderações. “Todo acordo é bom de alguma maneira, contudo a diferença de 1% gera perda para o poder de compra do trabalhador”, avaliou. “Na próxima negociação coletiva, discutiremos com a CBTU o aumento acima da inflação e a questão dos níveis no plano de carreira”.
Em nota, o presidente da CBTU, Marco Fireman, elogiou a conciliação. “Considero o resultado da audiência muito positivo. É realmente uma vitória os empregados conquistarem reajuste de 8,28% em meio à crise do Brasil”, disse.
O ministro Emmanoel Pereira avaliou o resultado da reunião. “Para nós, é motivo de muita alegria ver o nosso primeiro acordo ser feito numa mesa de conciliação”, afirmou. “Espero que seja o primeiro de muitos que nos aguardam daqui para frente”. Ele homologou o documento e extinguiu o dissídio coletivo.
Processo: DC-10152-29.2016.5.00.0000″
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