Por Fernando Abelha

Está prevista para hoje, a partir das 14 horas, a análise do Agravo Regimental interposto pela Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF no sentido de que o TST dê andamento ao Dissídio Coletivo em favor do reajuste salarial dos ferroviários, estagnado desde maio de 2014.

A matéria encontra-se na Turma de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho – TST, sob a mediação do ministro vice-presidente do TST Emmanuel Pereira. O Agravo Regimental foi interposto pelo fato da FNTF não concordar com a decisão do ex-ministro vice-presidente do TST que, sem ouvir os seus pares na Turma do Dissídio Coletivo, decidiu, monocraticamente, pela extinção do processo que pleiteava correção das perdas salariais em torno de 34.46% e a concessão da correção monetária de 8,14% que deveria estar sendo aplicada nos salários dos ferroviários, a partir de 1º de maio de 2015.

É grande a ansiedade da classe ferroviária quanto à decisão do Tribunal Superior do Trabalho – TST após a VALEC-Engenharia, empresa sucessora da extinta RFFSA, para a qual foram transferidos cerca de 400 empregados remanescentes da RFFSA, ter desconsiderado a comparecer, em reunião agendada pelo TST para o último dia 4, contrariando, assim, decisão do ministro mediador Emmanuel Pereira que, em reunião anterior, em 27 de abril, após ouvir propostas das partes, decidiu pela continuidade do exame da matéria em nova rodada de negociação. A VALEC Engenharia limitou-se a enviar um ofício alegando dificuldades financeiras do Governo Federal para conceder qualquer reajuste nos salários dos ferroviários da extinta RFFSA..

No entanto, representantes sindicais e de associações de classe, questionam o fato de que para os empregados da VALEC – Engenharia vêm sendo concedidas, anualmente, revisões salarias e em alguns casos, bem acima da inflação reconhecida e divulgada pelo Governo Federal.

Isto é uma covardia…