Por Fernando Abelha

Com o objetivo de obter maiores informações sobre como se encontram as ações das Associações de Engenheiros, na defesa das regularizações dos salários de aposentados e pensionistas da extinta RFFSA, o blog manteve contato com o engenheiro Almir Gaspar, presidente da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina – AEEFL.

Almir Gaspar disse ter expedido recentemente comunicação aos engenheiros associados informando do apoio da AEEFL ao movimento da Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários – FAEF quanto a arrecadação de recursos para defender os direitos da categoria, hoje renegada a um plano inferior pelos governantes.

Disse Almir Gaspar: “a diretoria da AEEFL está participando através de seus associados do grupo de colaboradores para arrecadação de fundos pelas Associações de Engenheiros coordenadas pela FAEF. Os valores poderão ser depositados na conta da FAEF, no banco Itaú Agência: 8081-0, C/C 2023-3, CNPJ 68.798.890/0001-14.

Para os recursos pretendidos, destacamos as seguintes aplicabilidades na recuperação dos prejuízos que vêm atingindo a categoria: complementação para todos os ferroviários e pensionistas atingidos pelas leis pertinentes; reajuste mensal das aposentadorias e pensões, de acordo com legislação que nos ampara; recuperação das perdas salariais ao longo dos últimos anos”.

Em prosseguimento ao seu pronunciamento Almir Gaspar ressaltou que “outro seguimento importante é a Fundação REFER. Para tal solicitamos a atenção de todos, conforme mensagem da nossa amiga Clarice Soraggi, presidente da FAEF. que afirmou: – aproveitamos para informar sobre nossa preocupação quanto ao destino dos Planos de Benefícios administrados pela REFER, por ser uma conquista da categoria que busca trazer alguma dignidade para nossa aposentadoria, cujo momento tão difícil vivenciamos”.

Acrescentou Almir Gaspar: “de todos os itens mencionados para nossa luta, o que mais temos como proteger é a REFER, são cobranças nas ações dos Conselheiros e futuros diretores por serem, ainda, ferroviários, pelo menos até o momento, conforme preconiza o Estatuto Social da Fundação. Consta que buscam efetuar mudanças para a retirada dos participantes ferroviários e metroviários da diretoria da REFER.

Atualmente encontra-se em andamento muita pressão para que a Diretoria Financeira da Fundação seja exercida através de profissional do mercado. Entendemos e acreditamos que os nossos conselheiros eleitos, para o que contaram com o apoio das Entidades de Classe, deveriam discutir o assunto com a categoria”.

Por sua vez – aduziu Almir Gaspar – é de se destacar que as decisões dos conselheiros até então, conhecidas através das Atas já divulgadas no site da REFER, são extremamente relevantes, tais como: exoneração da diretoria e alguns poucos assessores nomeados politicamente; cancelamento de contratos considerados ao menos abusivos; auditoria em outros, principalmente na esfera jurídica”.

O Presidente da AEEFL deixou bem clara a sua preocupação com o futuro da REFER quando afirma: “o que podemos considerar um dos abusos de grande repercussão para o futuro da REFER, que ao longo de 41 anos presta significativos serviços aos ferroviários e metroviários, são os atuais valores pagos aos participantes que entraram em gozo de benefício após o pagamento da dívida da CBTU. Preocupa-nos sobremaneira a possibilidade de vir a ocorrer déficits nos Planos de Benefícios.

Todos os beneficiários devem ter direito a sua suplementação, conforme suas contribuições ao longo de sua vida laborativa. Acompanharemos as decisões futuras e suas consequências”. Concluiu.