Por Fernando Abelha
A matéria divulgada ontem teve a maior repercussão, em um único dia, desde a criação deste blog há quatro anos. Atingiu até as 18:30 horas, a marca de 2.051 visualizações. Da mesma forma o volume de comentários postados no blog surpreendeu. Chegaram comunicados de todo Brasil.
Infelizmente, nem todos puderam ser inseridos. Essa inteiração demonstra, plenamente, o quanto a categoria dos ferroviários está angustiada neste momento em que não consegue vislumbrar, sequer, uma diminuta luz no final do túnel, quanto a normalização de seus salários e a estabilidade administrativa da Fundação REFER.
Abaixo transcrevemos alguns comentários recebidos:
Lício Araújo
No dia de hoje lendo as notícias do Blog Ferrovia Vez e Voz, editado pelo eficiente jornalista Fernando Abelha, deparei-me com uma informação que é mais do que uma denúncia, um apelo às forças maiores em busca de apenas uma solução: colocar nos trilhos as entidades que dirigem a extinta RFFSA e o fundo de pensão REFER – Seguridade Social, este ocupado por uma diretoria corporativa que responde a um inquérito instaurado pela Delegacia de Crimes pela Internet, na apuração dos zaps apócrifos e caluniosos atingindo a honra da diretoria afastada.
Sugiro ao ilustre jornalista que luta por esta causa, encaminhar seu relato a uma importante autoridade do governo, um filho de um médico ferroviário, o Ministro Walter de Souza Braga Netto, cuja visão de clareza e honradez compõe sua destacada personalidade.
Tenho notado, por outro lado, que a PREVIC não dá respostas às inquietações dos ferroviários descontentes, que são muitos. Acho que esta medida a ser tomada, busca encontrar o reconhecimento da necessidade de garantir os recursos, hoje ameaçados ao descaminho, que respondem pelo sustento das famílias órfãs da extinta Rede Ferroviária.
Lício Araújo
Nota da Redação: Lício Araújo é jornalista, ex-assessor especial da presidência da RFFSA; ex-diretor do Grupo Bandeirantes.
Almir Gaspar
Prezado amigo professor Abelha.
Gostaria de parabenizar a lucidez do seu texto, buscando levar, como sempre fez em sua vida pessoal e profissional, a sinceridade e veracidade dos acontecimentos no nosso meio ferroviário.
Temos plena convicção do desempenho e aprovação da última diretoria da REFER, composta por pessoas da estatura e dignidade de Manoel Geraldo Costa, Carlos Alberto Pinto da Silva e Fernando Abelha Salles. Uma administração que foi perfeitamente demonstrada nos resultados obtidos pela REFER no ano de 2019.
Quero ressaltar que não se permitia que houvesse qualquer ato irregular na sua gestão. A REFER era composta de profissionais bem preparados e treinados que realizavam com muito esmero suas funções. Toda reunião de diretoria era registrada em ata e encaminhada aos órgãos estatutários CODEL e COFIS, além da PREVIC, no dia seguinte à reunião.
Jamais aconteceu no período dessa gestão um único comentário ou documento da PREVIC por qualquer ato irregular cometido pela administração.
Fomos atingidos a partir de setembro de 2019 por uma verdadeira enxurrada de infâmias atingindo alguns conselheiros e diretores, pessoas de bem, através de msgs por zaps apócrifos, distribuídos para lideranças do meio ferroviário.
Acertadamente a presidente do CODEL e o presidente da REFER, decidiram fazer uma queixa-crime na delegacia especializada em crimes da internet (DRCI), a qual apurou a autoria de tais crimes, pois eram utilizados celulares e chips roubados ou de pessoas mortas. Agora se aguarda as providências, conforme seu lúcido texto publicado acima.
Não tenho dúvidas que órgãos fiscalizadores do porte da PREVIC não deixará que tais fatos permaneçam sem as providências do órgão máximo da fundação que é seu conselho deliberativo (CODEL). Pelo visto o conselho fiscal – COFIS vem exercendo suas funções de órgão estatutário responsável pela fiscalização dos atos praticados pela direção, apresentando ao CODEL para as providências cabíveis seus relatórios, que, porém, não sabemos por que razões o CODEL vem se omitindo em tomar tais decisões, mas com certeza o COFIS e a PREVIC saberão agir para que se normalize a gestão tão conturbada na REFER.
Espero que no ano de 2021 possamos reconduzir a REFER para sua normalidade, pois com a entrada dos recursos referentes à dívida da CBTU, não poderá a REFER ter uma gestão tão indigna da sua representatividade, pois hoje ainda temos quase 30.000 participantes que no futuro precisarão muito de seu benefício suplementar da REFER, que tanta dignidade trás para aposentados e pensionistas, que por muitos anos contribuíram para conquistarem sua tão almejada aposentadoria. Um forte abraço do amigo, que lhe deseja muita saúde.
Nota da Redação: Almir Gaspar é presidente da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina – AEEFL; ex-diretor da RFFSA; ex-diretor de Seguridade da Fundação REFER ( 1995/2003); ex-chefe de Gabinete e assessor da presidência da REFER (2014/abril de 2020).
Alexandre Júlio Lopes de Almeida
Parabéns Dr. Abelha pelo texto que descreve toda a agonia que a classe ferroviária vem sofrendo ao longo dos últimos anos. Apelamos aos órgãos do Governo Federal insensíveis com o ferroviário que mudem o tratamento com essa categoria tão sofrida e fez tanto pela sociedade Brasileira.
Nota da Redação: O eng. Alexandre Júlio Lopes de Almeida é diretor da Associação dos Engenheiros Ferroviários – AENFER
Geraldo Castro filho
Caro amigo Abelha,
As colocações sobre os diversos problemas e injustiças que vem sendo impostos aos ferroviários da extinta RFFSA, nos últimos tempos, estão muito bem elaboradas e dissertados, como de costume, em seus trabalhos e abordagens...
Vão repercutir muito bem na categoria, numa forma de desabafo por tantas apunhaladas que sangram a alma de cada um de nós.
Sobre o ponto de vista de objetividade junto às autoridades, sugiro que cada tema abordado seja objeto de uma crônica específica e detalhada com a mesma classe e relevância deste texto publicado.
Nota da Redação: O eng. Geraldo de Castro Filho é conselheiro deliberativo suplente da Fundação REFER e líder ferroviário em MG.
Jorge Luiz Ribeiro da Costa – Juiz de Fora – Mg
Prof. Abelha.
Sua análise é a fiel demonstração da realidade que ora assusta todos os ferroviários.
Basta a simples aplicação das recomendações do Grupo instituído pela RFFSA para a revisão da Tabela Salarial, que pode ser aceita, sem dúvidas nenhuma, pelo Ministério da Infraestrutura, para amenizar a situação salarial de todos os ferroviários da RFFSA que, mesmo sabendo das privatizações, continuaram em seus postos de trabalho para a continuidade dos transportes, incentivando a iniciativa privada a assumir as ferrovias da RFFSA.
ESTÁ MAIS QUE DEMONSTRADO A NECESSIDADE DE APLICAÇÃO DA CITADA TABELA SALARIAL.
Quanto à REFER por quê a demora em corrigir a anomalia da substituição de uma DIRETORIA HONESTA, DEDICADA, TRABALHADORA E COMPETENTE, por outros nomes que não passaram pelo crivo de uma seleção de Recursos Humanos?
O Presidente da República desconhece tais fatos, escondidos por seus subordinados?
Nota da Redação: O eng. Jorge Luiz Ribeiro da Costa é diretor da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina – AEEFL
Ronaldo Ferreira
Se a RFFSA foi extinta e os empregados passaram para o quadro da Valec, como pode uma empresa pública dar tratamento, com tabelas distintas, aos seus funcionários?
Isso viola a Constituição?
Bacha
Caro Abelha meu muito obrigado por seu incansável trabalho em nos reportar das informações sobre a ferrovia se não fosse por você como estaríamos ? Que Deus o guie hoje e sempre.
Carlos Eduardo Fagundes de Azevedo
Infelizmente ter esperança nesse governo com Paulo Guedes na economia e a nossa atual representatividade no congresso Nacional, é quase impossível sonhar em melhoras.
Ana Neri da Silva Romao
É uma pena tanto descaso com uma categoria que representou tanto pra esse pais.
E também chega a ser desumano, porque a maioria já está em idade avançada, quando necessita de cuidados maiores, portanto, mais recursos e a remuneração totalmente defasada.
José Luciano Silveira Furtado
Acho que a direção da VALEC não tem autonomia para assuntos deste nível. Eles são “paus mandados” do MINFRA e das políticas federais, que não cumprem a Constituição. Como, dentro de uma mesma empresa, existem duas folhas de pagamento para as mesmas funções???