Pesquisa, comentários e edição por Fernando Abelha
Enquanto o Brasil, país continental, abandonou quase que totalmente o transporte ferroviário de passageiros, depois que a RFFSA foi extinta e concedida à iniciativa privada, o rei Mohammed VI inaugurou, em 15 de novembro de 2018, a primeira ligação africana por meio de TGV – trem de alta velocidade (Train à Grande Vitesse, em francês) entre as cidades de Tânger e Casablanca, via Rabat, na presença do presidente francês Emmanuel Macron.
A viagem inaugural percorreu as novas estações TGV de Tangier-Ville e Rabat-Agdal, bem como uma linha de alta velocidade (LGV – ligne à grande vitesse) Tanger-Kenitra, chamada LGV Morocco.
O investimento de 2,1 bilhões de euros, com quatro novas estações (Casablanca e Kenitra serão inauguradas posteriormente) e 200 quilômetros de uma nova linha para os melhores padrões mundiais, reduzirá o tempo da viagem de Tânger a Casablanca à metade, das atuais 4 horas e 45 minutos para 2 horas e 10 minutos. O TGV pode chegar à velocidade de 320 quilômetros por hora.
O projeto é o orgulho do ONCF, operador nacional das estradas de ferro marroquinas, e seu diretor geral, Mohamed Rabie Khlie, obviamente esteve presente na inauguração, juntamente com Guillaume Pepy, o Presidente da SNCF, que opera a rede ferroviária da França, uma das melhores redes de trem do mundo.
O LGV Marrocos é fruto de uma parceria estratégica franco-marroquina. A França financiou 51% do custo do projeto, ou seja, 1,1 bilhão de euros. A SNCF traz sua expertise em projetos, construção, operação e manutenção de alta velocidade do LGV. Tudo isso, com o objetivo de transferir o know-how francês (2.600 quilômetros de trilhos construídos, trinta e cinco anos de operação) em benefício das equipes marroquinas.
Em uma entrevista concedida em 2017, o diretor geral do ONCF afirmou: “Nosso objetivo é ter seis milhões de passageiros por ano após três anos de uso comercial“, disse numa entrevista ao Le Monde.
Fonte: Le Monde, Diário de Transporte, Internet
Prezado Abelha. Saudações. Tive a oportunidade de trabalhar com engenheiros e técnicos da SOFRERAIL, empresa de consultoria ferroviária francesa, para implantação do Método de Conserva Cíclica, na manutenção das vias férreas. O que a RFFSA ganhou na qualidade de serviços, produtividade, segurança e redução de custos de manutenção, compensou muito o custo do Contrato. Muitos desses técnicos pertenciam aos quadros de pessoal da SNCF, licenciados para a realização dos treinamentos. Um intérprete fazia a intermediação dos cursos “in loco”.
Quando o governo quer ele consegue bons serviços, principalmente quando o Presidente da RFFSA entendia do mercado e queria a eficiência da empresa. No caso, o Coronel Engenheiro Stanley Fortes Baptista.
Pena que tivemos um FHC na Presidência da República par a asfixiar a RFFSA e um Lula para acabar com a empresa.
Parabéns ao Marrocos e à França que também participou da realização desse feito.
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Prezado amigo Jorge Luiz
O cel. Stanley deixou marcada a sua passagem pela RFFSA por sua eficiência, caráter e presença atuante nos assuntos do interesse da ferrovia. Tive a alegria de trabalhar com ele no segmento da comunicação social sob o gestão do cel. Aluizio Weber quando da criação da Divisão Espécial Subúrbios do Grande Rio. Entendo que o modal ferroviário voltará ao lugar de importância do qual nunca deveria ter saído. O Brasil exige po0r sua dimensão continental
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