Vitória foi celebrada em evento realizado no auditório da extinta RFFSA
Convidados pela diretoria da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social (REFER), ferroviários, lideranças ferroviárias e parlamentares, finalmente, após um processo que perdurou por 17 anos, se reuniram para celebrar o acordo com a União Federal para pagamento da dívida referente ao plano de benefícios da extinta Rede Ferroviária Federal S/A. O encontro, realizado no dia 30 de novembro, lotou o auditório da extinta RFFSA, no Rio de Janeiro, reafirmando a união da classe.
A assinatura e homologação do contrato trouxe tranquilidade aos ferroviários que compõem o Plano da Rede Ferroviária Federal. O valor da dívida foi corrigido em 22 de novembro e transformado em títulos NTN-B.
Atualmente, a Fundação REFER conta com cerca de 35 mil participantes ativos e assistidos, honrando, mensalmente, uma folha de benefícios de, aproximadamente, R$ 36 milhões, o que totaliza, anualmente, o montante de R$ 470 milhões. Os 25 mil participantes aposentados/pensionistas da extinta RFFSA beneficiados pelos Planos de Previdência da REFER alcançam, através de seus familiares, mais de 100 mil vidas em todo o território nacional.
Dívida da CBTU em pauta
Antecedendo o início oficial do encontro, o presidente da Fundação REFER, o engenheiro Marco André Marques Ferreira, compartilhou com participantes que lotavam a plateia informações sobre a conquista da RFFSA e o andamento da dívida do Governo Federal com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
“A RFFSA tinha uma dívida que não estava sendo paga desde 2000. A nossa preocupação se dava por conta dos recursos líquidos da Fundação para este plano, que conseguiríamos manter só até fevereiro de 2018. A vitória que estamos comemorando hoje só foi possível com a união dos ferroviários, das entidades de classe, Associação dos Engenheiros, Associação dos Aposentados e Sindicatos. Vamos continuar lutando para recebermos a dívida da CBTU também, que gira em torno de R$ 2,7 bilhões. Vamos continuar lutando! ”, destacou o engenheiro.
Emoção nos discursos
Junto com o presidente da REFER, compuseram a mesa solene do evento os seguintes convidados: Antônio Geraldo Alves Bosshard, diretor de Administração e Finanças da CBTU, representando o presidente José Marques de Lima; Hélio de Souza Regato de Andrade, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários; Manoel Geraldo Costa, inventariante da RFFSA; Isabel Cristina Junqueira, presidente da Associação de Engenheiros Ferroviários; Raimundo Neves de Araújo, presidente da Associação Mútua Auxiliadora dos Empregados da Estrada de Ferro Leopoldina; Eduardo Lopes, Senador da República; Walton Alencar, Ministro do Tribunal de Contas da União; e os deputados federais Gorete Pereira, Simão Sessim e Paulo Feijó.
“Sempre fui ligado à ferrovia, porque vivi no subúrbio da Central, em Nilópolis. Eu nasci nessa região, me criei, casei, profissionalmente exerci meu magistério, fui eleito prefeito e hoje cumpro o 10º mandato consecutivo de Deputado Federal. Para mim, o ato de hoje não é um ato qualquer. Essa homenagem eu vou guardar no meu coração”, destacou Simão Sessim.
Já o deputado Paulo Feijó incitou os presentes a continuarem lutando pelos seus direitos: “Comecei na RFFSA há 40 anos, como estagiário, antes de ingressar na vida política. Considero a falta de representação política de ferroviários o principal fator que justifica o enfraquecimento do transporte ferroviário no Brasil. Quero parabenizar a classe política. Tem muito político que faz coisas boas, e um exemplo é o que nós estamos comemorando aqui. Aos ferroviários eu digo: a luta continua!”.
O senador Eduardo Lopes, mesmo tendo nascido em São Paulo, lembrou a importância da rede ferroviária para o desenvolvimento das cidades e lamentou a ausência dos aposentados que também lutaram pela atual conquista: “Sou de Santo André, no ABC Paulista, onde cresci perto de ferrovia Santos-Jundiaí. O trem faz parte da minha vida. Eu assumi a luta dos ferroviários e lamento que muitos aposentados não viveram para ver essa vitória, que foi alcançada com perseverança e luta”, disse.
A deputada federal Gorete Pereira citou as lutas que sempre travou com a classe ferroviária e declarou: “A luta dos ferroviários foi uma das maiores lutas que vi em Brasília. Esta classe está no meu coração. Eu a respeito e a admiro”.
Finalizando as declarações das lideranças, Walton Alencar apontou: “Durante o processo no TCU houve uma tentativa de mesclagem do caso da REFER com outras hipóteses que, se fossem levadas em consideração, não teríamos muito o que comemorar aqui, hoje. Foi uma vitória estrondosa de todos que participaram do processo e que muito bem conduziram a questão”.
Hélio Regato, Marcos Cruz, Celso Paulo, Clarice Soraggi, Raimundo Neves de Araújo e Isabel Cristina Junqueira também fizeram declarações públicas sobre a importância da conquista dos ferroviários, enaltecendo a união de todos os presentes.
Homenagens
Em comemoração aos 25 anos da Associação de Engenheiros Ferroviários (Aenfer), a presidente da entidade, Isabel Junqueira, entregou a medalha comemorativa aos deputados federais Gorete Pereira, Simão Sessim e Paulo Feijó; ao presidente da Fundação REFER, Marco André Marques Ferreira; e ao Ministro do TCU, Walton Alencar, que também recebeu a homenagem em nome do Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Adalberto Santos de Vasconcelos.
A Fundação REFER, através do seu presidente, Marco André Marques Ferreira, concedeu o título AMIGO DO FERROVIÁRIO aos deputados federais Gorete Pereira, Simão Sessim, Vicente Cândido e Paulo Feijó; ao Ministro do TCU, Walton Alencar, que também recebeu a homenagem em nome do Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Adalberto Santos de Vasconcelos.
Na sequência, Isabel Junqueira entregou comenda Paulo de Frontin a medalha comemorativa dos 25 anos ao senador Eduardo Lopes, por seus relevantes serviços prestados à ferrovia e aos ferroviários. Em maio deste ano, o senador também recebeu o título AMIGO DO FERROVIÁRIO.
Seguindo com as homenagens, o presidente da REFER, Marco André Marques Ferreira, entregou o Certificado de MÉRITO PREVIDENCIÁRIO à advogada da Fundação, Lúcia de Fátima Rangel de Moraes e ao presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão, Antônio Bráulio de Carvalho, pelos relevantes serviços prestados em prol dos participantes da REFER e, em nome da Fundação e de toda a classe, finalizou a celebração agradecendo aos parlamentares que atuaram significativamente para que houvesse o recebimento da dívida e a todos que contribuíram para o êxito dessa tão esperada conquista.
Fonte: site da Fundação REFER

Aposentados e pensionistas que são complementados pela Valec tem direito sobre essa dívida , meu pai era aposentado da RR Fepeasa e meu irmão é pensionista agora . Por favor alguém pode me esclarecer.
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Elisangela
Esta dívida refere-se ao Plano de Previdência Privada da extinta RFFSA. Se o seu pai era da FEPASA ele não pagou para participar da Fundação REFER. Portanto não terá direito a aposentadoria complementar.
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A RFFSA seria sobre qual parte da ferrovia , meu pai era funcionário público passou em um concurso para trabalhar na rede ferroviária na parte do maquinário e depois foi para serviços internos como horários de trens por conta de ordem do presidente em exercício na época , pois pois adoeceram muitos trabalhadores por conta do manuseio com tintas e outros produtos químicos . Me perdoe pois ele faleceu era muito criança e não entendia direito por isso gostaria de saber se possível agradeço a atenção desde já. Deus abençoe.
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Elisangela
Se o seu paí foi empregado da extinta RFFSA, após o seu falecimento a sua mãe, filhos menores, ou incapazes têm direito a receber a pensão deixada por ele através do INSS. Caso isto não esteja acontecendo você deverá procurar o sindicato dos ferroviários em sua região e pedir orientação
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Meu pai era da leopoldina JÁ FALECIDO minha mãe era pensionista , mais já faleceu tbm. em 2005, ela deu entrada em todas as ações junto ao sindicato do rio. os herdeiros tem direito.?
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minha mãe é pensionista. no documento do inss consta que ele era da mvr. quero saber se minha mae tem direito. ele fez opção pela previdencia antes de aposentar. hoje recebe do inss.
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Fátima
Quanto ao direito da suplementação da Fundação REFER você poderá ligar para 08007096362 ( ligação gratuita) ou pelo e-mail relacionamento@refer.com.br e verificar se o seu pai era participante da Fundação. No caso positivo ela terá direito a todos os reajustes.
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