Malha Sul
Por Marcone Tavella
- FLORIANÓPOLIS, especial para a Gazeta do Povo
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a Política Nacional de Outorgas Ferroviárias, que projeta oito leilões para o setor em 2026. Cobrindo mais de 9 mil quilômetros de extensão, o plano tem cálculo de R$ 140 bilhões em investimentos.
Entre os projetos estão o Anel Ferroviário do Sudeste (EF-118), a Ferrogrão, o Corredor Leste-Oeste, a Malha Oeste e os corredores da Malha Sul. Ao longo dos contratos, a expectativa da pasta é que sejam injetados R$ 600 bilhões no sistema ferroviário do país.
O novo plano terá um formato híbrido, que combina concessões com aportes públicos diretos e repactuações de contratos existentes. O entendimento do Ministério dos Transportes é que muitos projetos ferroviários não se sustentam apenas pela tarifa e demanda, exigindo subsídios ou complementações financeiras para atrair investidores.
“Os projetos feitos pelo modelo de concessão mostram que a colaboração do governo com o setor privado soma recursos. A agenda de concessões não só foi retomada, como consolidada”, disse Nelson Barbosa, diretor de Planejamento do BNDES, órgão que é um dos principais financiadores dos projetos da pasta comandada por Renan Filho.
Uma das formas de financiamento, segundo o ministro Renan Filho, pode vir da receita sobre a exploração imobiliária de terrenos públicos. Como exemplo, ele citou a futura ligação férrea entre Brasília (DF) e Luziânia (GO), para transporte de passageiros, que seria sustentada por um imóvel de R$ 40 bilhões que ia ser doado ao Exército.
“Isso valorizaria um ativo da União e viabilizaria a ferrovia, que atenderia aproximadamente 700 mil pessoas”, destacou
