Por Fernando Abelha

Inacreditavel o que ocorre com os bens patrimoniais da extinta RFFSA. Se não bastasse o ocaso ameaçador a que foi submetido o ferroviário remanescente, hoje cerca de 20 mil em todo Pais, com seus vencimentos aviltados pela covardia praticada pelos orgãos federais, ex Valec e o atual Infra S.A. que furtam percentuais dos vencimentos dos ferroviários ativos, aposentados e pensionistas, quando em maio de cada ano, data base da categoria, é procedida a revisão salarial com base nas correções inflacionárias difundidas pelos órgão govenamentais.
Da mesma forma, o patrimônio fisico da ex-importante Estatal, por todo território nacional, está abandonado, invadido, por moradores de rua e dilapidado.
A foto comprova plenamante o denunciado. O prédio com 11 andares, amplas salas, estacionamento, auditório, localizado no Centro do Rio de Janeiro, que abrigou a Administração Geral da RFFSA, enconrtra-se em situação calamitosa. Resta a indagação: quem responde por este crime de lesa-pátria?
Seria o DNIT ou o Infra S.A. orgãos do Ministério dos Trnsportes?
Já que a ferrovia em nosso país, cargas e passageiros, foi renegada a um plano obscuro, em favorecimento do transporte rodoviário, – com caminhões de até 11 eixos e reboques, verdadeiros vagões, abarrotados de cargas tipicamente ferroviárias, que invadem e destróem nossas rodovias, provocam mortes, acidentes e congestionamentos, – que seja preservado o patrimônio imobiliário, na verdade, pertencente ao povo brasileiro como um todo.
Cada um de nós, na administração da nossas casas, quando um imóvel não se presta mais para o que fora destinado, ou até mesmo um bem de serviço, carro, geladeira e outros, procuramos vendê-lo, até mesmo alugá-lo, no caso do imóvel. Na administração pública, por incompetência ou desleixo, o bem fica entregue a própria sorte, como aconteceu com a Estação Barão de Mauá, patrimônio histórico, hoje, felizmente, em recuperação pelo Município do Rio de Janeiro, mas sem qualquer destinação á sua origem ferroviária, embora sejam inúmeros os apelos da Associação dos Ferroviários Aposentados e Pencionistas – AARFFSA, que para lá seja transferido o Museu Ferroviário, totalmente esquecido em galpão da extinta Central do Brasil.
Agora, como se não bastasse, a Estação D. Pedro II, Central do Brasil, por sua torre e majestoso relógio de quatro faces, um dos edifícios mais alto da cidade, ícone marcante da chegada ao Centro, totalmente vazio, também, entregue à propria sorte.
Até quando teremos de conviver com este estado de coisa?
