Diário do Rio – O Governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou, semana passada, o esvaziamento dos cerca de 60 milhões de litros de água que ocupam os dois poços da futura estação Gávea, na Linha 4 do metrô. A medida marca o início efetivo das obras, paradas desde 2018, e será acompanhada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e pela Riotrilhos, com execução do Consórcio Construtor Gávea, contratado pela MetrôRio.

O processo de retirada, monitorado por equipamentos eletrônicos e autorizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), será lento e seguro, com duração prevista de quatro meses. A cada dia, serão esgotados cerca de 250 mil litros, o equivalente a meio metro de altura de água. O bombeamento é feito por tubulações subterrâneas provisórias até o Rio Rainha, passando por uma caixa de decantação, e seguindo para o mar pela Avenida Visconde de Albuquerque.

“Este é o marco inicial da retomada da construção da estação Gávea. A partir deste momento, a obra só será interrompida quando for concluída e entregue à população, com previsão de 36 meses de intervenção”, afirmou o governador Cláudio Castro, destacando que a obra beneficiará mais de 20 mil pessoas e gerará 2.500 empregos.

A secretária Priscila Sakalem ressaltou que a finalização da estação é peça-chave para a expansão do metrô: “Nos próximos meses, os moradores vão observar uma maior movimentação no pátio, mas sem impacto no dia a dia da população”.

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Com 18 metros de diâmetro e 45 metros de profundidade cada, os poços foram inundados para neutralizar a pressão do lençol freático sobre a estrutura inacabada. Antes do esvaziamento, foram instalados instrumentos para monitoramento em tempo real, e o bombeamento do lençol seguirá ativo durante toda a obra.

Inea atestou a boa qualidade da água após vistorias e análises do processo de decantação, além de fiscalizar a destinação adequada de resíduos e cargas perigosas.

Próximas etapas
Após o esgotamento, será realizada a detonação e retirada de 140 mil toneladas de rocha ao longo de 11 meses, além do preparo para instalação da via permanente e das passagens de emergência. O projeto foi otimizado para reduzir custos e priorizar o trecho em direção a São Conrado, que está quase concluído, restando apenas 60 metros de escavação.