G1 – A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) este mês completou 113 anos . Construída como parte do Tratado de Petrópolis, a ferrovia foi inaugurada em 1912 e marcou a história de Rondônia. Imagens raras que o g1 teve acesso mostram a locomotiva em funcionamento e revelam detalhes pouco conhecidos da linha férrea (assista acima – https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2025/08/01/113-anos-da-efmm-veja-imagens-raras-da-locomotiva-em-funcionamento.ghtml).

As imagens fazem parte do acervo do pesquisador Anderson Leno Fernandes, que há anos preserva a memória da ferrovia.

g1 também preparou uma galeria especial com fotos históricas enviadas por Anderson Leno Fernandes. As imagens revelam não só as antigas locomotivas da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, mas também os rostos e histórias de quem ajudou a construir essa obra que marcou a história de Rondônia e do Brasil.

A locomotiva alemã de número 18 foi a última a operar na EFMM. Ela funcionou até 2010 e foi ligada pela última vez em 2012, em homenagem ao centenário da ferrovia. Seu último trajeto completo foi entre Porto Velho e o km 7, em Santo Antônio. Depois, percorreu apenas 2,2 km até a vila de Candelária, onde ficam o “cemitério” dos ferroviários e locomotivas abandonadas.

A antiga estação, hoje parte do Complexo da EFMM, já foi ponto de embarque e despedida. Nas imagens, aparecem cenas de passageiros embarcando e da movimentação que fazia parte do dia a dia de Porto Velho no século passado.

A missão de resgatar a memória da ferrovia

O pesquisador Anderson Leno Fernandes, apaixonado pela história da EFMM, passou anos reunindo registros da ferrovia. A busca começou nas redes sociais e ganhou alcance internacional.

“Não foi rápido encontrar os locais certos os quais me ajudaram e ainda ajudam a remontar a história e epopeia da Madeira-Mamoré”, conta.

Além de grupos de saudosismo, Anderson pesquisou em bibliotecas e hemerotecas digitais no Brasil e fora dele. Um dos achados mais importantes foi na Biblioteca Pública de Nova Iorque: um álbum com mais de 400 fotos da EFMM.

Com o tempo, o trabalho de Anderson virou referência. Ele passou a receber acervos particulares, como o diário de um senhor de Itu (SP), que cruzou o país de Kombi em 1963 para conhecer o que chamavam de “Inferno Verde”.

“O avô escreveu um diário de viagem extremamente detalhado, bem como dezenas de registros de vários estados, inclusive de Rondônia e da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Este material inclusive está quase todo guardado ainda”, revela Anderson.