O Globo – Um estudo do Programa de Engenharia de Trasnportes da Coppe/UFRJ aponta mudanças no padrão de deslocamento pela Região Metropolitana do Rio no pós-pandemia. Dentre os diversos recortes, foi possível constatar a diminuição do uso do ônibus e um aumento no uso de automóveis particulares, com destaque para os carros de aplicativo. Num contexto em que a SuperVia admite situação de falência, conforme noticiado pelo blog de Ancelmo Gois; o Estado precisou fazer um acordo para que a CCR Barcas ficasse por mais tempo à frente do serviço; e o MetrôRio negocia a renovação do seu contrato e a concessão da Linha 4 em troca das obras da estação Gávea, um workshop realizado nesta quarta-feira discutiu a importância de uma autoridade metropolitana no Rio como uma das soluções para esse contexto — e também para incentivar que o usuário seja atraído para o transporte público.

César Tralli, no Jornal Hoje, chamou uma reflexo acerca dos índices de acidentes fatais nas ferrovias. Falou sobre a consciência dos motoristas, sobre a fiscalização etc. Nenhuma palavra sobre o sistema de transportes no Brasil, nada sobre o privilégio para o modal rodoviário. Assim tem sido no Brasil. O silêncio sobre esse modelo assassino que permite a convivência nas rodovias de caminhões cada vez mais pesados e articulados com veículos pequenos. As empresas de transporte coletivo, tanto para pequenas e longas distância, sofrem com a redução dos ônibus, postergam a manutenção e adiam a renovação das frotas. Os ônibus se transformaram em bombas sobre rodas. Os trens de passageiros precisam voltar!
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