A propósito da notícia “BNDES aprova R$ 500 milhões para ferrovia da empresa de logística VLI” publicada dia 28 neste veículo de comunicação, recebemos do leitor que se identifica beautifulspeedily7b884a29d5, o comentário que segue:

Essa foi a “punição” aplicada pelo Poder Concedente à concessionária FCA/VLI pelo abandono criminoso de milhares de quilômetros de vias férreas, levando à quase completa destruição do Patrimônio erguido com o suor e sangue de muitos Ferroviários ao longo de décadas.

O abandono de ferrovias no Brasil não tem matiz ideológica. Hoje vi uma jornalista na Globonews falando do “erro” da política de transporte no Brasil ao preterir o modal ferroviário. O problema é que muito se fala sobre esse tema e pouco ou nada se faz. O silêncio e a omissão praticamente aniquilaram as ferrovias no Brasil e, por consequência, os ferroviários.

Nota da Redação

A partir do desgoverno de Fernando Henrique Cardoso, que iniciou o desmonte da RFFSA, e no decorrer de todos os demais, até os dias atuais, milhares de quilômetros de linhas ferroviárias foram abandonadas, e o que é mais desumano, milhares de ferroviários estão, irresponsável e covardemente deixados à própria sorte, alguns com dificuldade de sobreviver por terem suas aposentadorias aviltadas a cada ano, sem qualquer  compromisso dos governantes com os valores humanos ferroviários que, por mais de um século, deram de si para construir e operacionalizar as ferrovias erguidas com suor e sangue. enquanto que pelo Brasil afora, quilômetros de vias, estações, oficinas, material rodante, que deveriam, estar sob a guarda das concessionárias, são saqueados e vendidos a peso nos ferros velho.

Os trechos concedidos servem, apenas, para transportar cargas unitárias do interesse dos concessionários. A carga geral está hoje entregue ao transporte rodoviário, o que onera em 40% o seu custo final, além de congestionar as rodovias, provocar acidentes e ceifar vidas. Este foi o grande sucesso alcançado pela extinção da RFFSA nestes últimos 20 anos.

Obs: Título e comentários finais por Fernando Abelha