Para marcar o centenário da Estação da Leopoldina, o investimento será de R$ 80 milhões. O prédio agora iniciou a fase de desmontagem das janelas para restauro e nova coloração

Colaboração de Luis Fernando Salles e Manoel Geraldo Costa

Com previsão de reabertura para 2026, a Estação da Leopoldina está aos poucos retornando ao seu período de glória — mais que merecido. Fechada desde 2001, a estação tem passado por uma extensa reforma desde o anúncio de sua revitalização no início deste ano. A obra, sob a responsabilidade da Concrejato e contratada pela Prefeitura do Rio, visa não apenas restaurar a estética do edifício, mas também resgatar sua importância histórica e funcional para a cidade.

O projeto de restauro está a todo vapor, com a fase atual focada na desmontagem e revitalização das janelas da estação. A fachada, que serve como porta de entrada do Centro do Rio para quem vem da Rodoviária e da Avenida Brasil, já começou a exibir — em forma de teste — os novos tons avermelhados nas esquadrias (os mais atentos repararam), uma escolha que segue a tendência das estações europeias. A mudança nas janelas, que incluem 270 esquadrias, é inspirada em outras estações ferroviárias emblemáticas, como a Gare de Austerlitz, na França.

Além das esquadrias, outra parte atual do restauro foi a demolição do último pavimento da estação. Passo é crucial para que a edificação recupere sua fachada original, um detalhe que será celebrado quando a estação completar 100 anos em 2026.

Para marcar o centenário da Estação da Leopoldina, o investimento será de R$ 80 milhões. Mais do que um simples restauro, o plano inclui a transformação da área em um polo de desenvolvimento com a construção de vários equipamentos públicos. Entre eles, um centro de convenções, a Cidade do Samba 2, um bairro popular através do programa Minha Casa, Minha Vida, uma Clínica da Família e uma escola pública no modelo Ginásio Experimental Tecnológico (GET) — tudo anexado a estação e construído em seu enorme terreno.

Fonte: Site Diário do Rio