Valor Econômico – O governo federal fechou parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para estudos de viabilidade relacionados a 10,7 mil quilômetros de ferrovias sem operação. A estatal Infra S.A., ligada ao Ministério dos Transportes, firmou contrato de R$ 29 milhões com o banco para levantar as informações que vão nortear os modelos de exploração dessa malha.
Os trechos estudados são da Rumo Malha Sul, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) e passam por 17 Estados e o DF, correspondendo a um terço de toda malha ferroviária do país.
A devolução dos ativos envolverá o pagamento de indenização pelas concessionárias, por não manterem as linhas em operação. A precificação feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) aponta para o pagamento acima de R$ 20 bilhões. A conta considera o valor de R$ 2 milhões por cada quilômetro devolvido.
O contrato com o BID prevê a elaboração dos estudos de pré-viabilidade e dos chamados Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evteas), que ficarão prontos dentro de seis e 12 meses, respectivamente.
“São vários os modelos que podem ser apresentados a partir do estudo. Uma concessão de um trecho menor, uma autorização pública para alguém que tem interesse naquele trecho. Podem transformar o trecho que talvez tivesse um perfil mais para o transporte de carga para o de passageiros, em virtude de um eventual adensamento das cidades”, exemplificou o ministro dos Transportes, Renan Filho, ao Valor.
