Comentários iniciais de Fernando Abelha
– Lembro-me bem… A estatal RFFSA, com seus 28 mil quilômetros de linhas, por quase todo território nacional, foi criminosamente concedida à iniciativa privada.
Tinha à época seu custeio coberto pelo transporte de cargas gerais e unitárias, principalmente através do triângulo Rio x São Paulo X Belo Horizonte e tronco Sul. Ao governo competia os investimentos em infraestrutura, envolvendo locomotivas, vagões e manutenção da via permanente. Jogaram no lixo a RFFSA e com ela os dedicados e obreiros ferroviários.
As concessionárias hoje operam pouco mais de 8 mil quilômetros com suas cargas unitárias. Visam tão somente o lucro.
À iniciativa privada, se bem planejados os contratos de concessões, caberia a abertura de novos traçados ligando os meios de produção aos portos, por todo país. Os antigos trechos continuariam em operação pela RFFSA, a atender a população até serem retificados ou substituídos. Assim entendo.
Estes são os nossos governantes… Até quando políticos brasileiros teremos de presenciar tantos descalabros ? “
- Em 2023, a MRS aumentou em 10,8% o transporte de carga, alcançando 197,5 milhões de toneladas transportadas, maior volume transportado na história da empresa em apenas um ano
- Receita Bruta e Receita Líquida batem recorde com incremento de 14,0% e 15,3%, respectivamente, na comparação com o exercício anterior
- EBTIDA de R$ 3,4 bilhões, em 2023, aumento de 20,5% em relação a 2022, melhor resultado histórico
- O Lucro Líquido cresceu 37,3%, alcançando a marca de R$ 1,2 bilhão, também maior marca histórica da companhia
- Ao todo, em 2023, a empresa investiu R$ 1,8 bilhão, o que garantiu a sustentabilidade do negócio e o cumprimento das obrigações regulatórias, mantendo a alavancagem em 1,0x
- Rating AAA escala local pela Fitch e S&P.
A MRS Logística, uma das melhores operadoras de carga do mundo, que administra a Malha Regional Sudeste, ferrovia que detém a concessão de 1.643 km nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, atingiu um novo recorde de Receita Bruta no ano de 2023: R$ 6,9 bilhões, o que representa um aumento de 14% na comparação com 2022. O desempenho favorável reflete o crescimento do volume transportado, com a manutenção das margens.
Ao todo, a empresa transportou 197,5 milhões de toneladas de carga, o equivalente a 3,4 milhões de carretas bitrem, mas transportadas pela ferrovia, um modal mais seguro e sustentável, considerando a redução das emissões de gases do efeito estufa para a atmosfera. Houve crescimento, tanto no transporte de produtos da mineração (+14,6%), quanto no de carga geral (+5,1%), o que levou a MRS a um novo recorde histórico. O segmento de transporte de carga geral tem apresentado crescimento constante ao longo dos últimos anos e, mais uma vez, atinge um novo recorde de volume, encerrando 2023 com 75,4 milhões de toneladas.
A companhia ultrapassou R$ 3,4 bilhões em EBITDA, aumento de 20,5% em relação ao ano anterior, o melhor EBITDA da história da MRS. Mesmo com robusto volume de investimentos, a alavancagem segue sob controle. A relação Dívida Líquida/EBITDA permaneceu em 1,0x, patamar confortável em função da boa performance operacional e estratégia na gestão do endividamento.
O Lucro Líquido é o melhor da história da companhia, alcançando a marca de R$ 1,2 bilhão. Já o volume transportado pela MRS, em 2023, cresceu 10,8% na comparação com 2022.
De acordo com Guilherme Segalla de Mello, presidente da MRS, 2023 foi um ano de decisões importantes, que vão refletir nos avanços da companhia. “Além de honrar os compromissos que assumimos junto à União, quando da renovação da nossa concessão, temos buscado investimentos contínuos em tecnologia e soluções sustentáveis e temos conseguido alcançar novos patamares em eficiência operacional e inovação. Alcançamos missões importantes, como: aprimorar o atendimento de excelência aos nossos clientes, expandir a nossa presença em novos segmentos da economia no transporte de carga, avançar no desenvolvimento e integração das agendas ESG à estratégia da empresa. Vamos continuar avançando nestes e em outros projetos de expansão, buscando aumentar a participação do modal ferroviário na Região Sudeste”, revela.
Investimentos
A MRS investiu R$ 1,8 bi ao longo de 2023 com destaque nas iniciativas para garantir a sustentabilidade do negócio e o cumprimento das obrigações regulatórias.
Com relação aos aspectos regulatórios, a MRS entregou os investimentos previstos nos primeiros 12 meses (A+1) da renovação da concessão, além dos importantes avanços para concluir com sucesso também o pacote de A+2, que deve ser entregue até julho de 2024. Neste pacote, destacam-se as entregas para ampliação da capacidade da Baixada Santista, envolvendo novos pátios, recapacitação e sinalização de trechos da malha e sistemas de planejamento integrado. Os investimentos em melhoria de mobilidade urbana nas diferentes cidades ao longo da malha da MRS também merecem destaque.
Com o objetivo de dar continuidade à modernização da frota ferroviária e continuar avançando na eficiência operacional, foram assinados aditivos contratuais para aquisição de locomotivas e vagões. A MRS comprou 560 novos vagões e 30 novas locomotivas. Parte da entrega dos ativos começou neste 1º trimestre de 2024 e, até o final de 2025, todos os novos ativos já estarão em operação.
No final do ano passado, a ANTT promoveu a 1ª Edição do Prêmio ANTT – Destaques 2023, com o propósito de reconhecer as melhores práticas, projetos e iniciativas no setor de infraestrutura ferroviária e rodoviária no Brasil. Das quatro categorias disputadas, a empresa venceu três e ainda levou “Troféu Ouro” na premiação especial de “Melhor Ferrovia na Atuação de Regulação Ferroviária”. As categorias em que a MRS foi premiada foram “Interação com a Sociedade”, “Atenção ao Usuário” e “Engenharia”, demonstrando excelência em diversas frentes de trabalho.
Outro reconhecimento importante recebido pela empresa, em 2023, foi concedido pelo principal veículo da imprensa especializada no setor: a Revista Ferroviária. Na ocasião, a MRS recebeu os títulos de “Melhor Operadora Logística” e “Melhor Ferrovia com Investimento em Preservação Ferroviária”.
Fonte: Operadora MRS

Meu caro amigo Fernando Abelha, Li com carinho, seu comentário, mas permita-me discordar um pouco do seu sentimento ferroviário, visto que mesmo em nossas gestões ainda como RFFSA, efetuamos diversas erradicações de trechos não rentáveis. Isso sendo nós ainda subordinados a União, visto termos perdido para o transporte rodoviário, o volume de transportes de massas entre cidades, e era exatamente isso que sustentava politicamente a nossa estatal. Prova disso que ao entregar como arrendamento para a iniciativa privada, já não eram mais os quase 29 mil kms e sim 22 mil kms operacionais, cuja tendência mesmo sem privatização seria a redução desse total que operava quando transporte de passageiros, visto que passou a só operar com cargas, perdeu-se muito o sentido de tão extensa malha e diga-se, centenária muito serpenteada e cortando recortes de talvegues. Outro detalhe era, que após o então Presidente Figueiredo em 1985, cortar definitivamente os subsídios federal para complementação do apoio aos nossos irmãozinhos do Nordeste, realmente a estatal se sustentar com apenas as malhas Sudeste, Centro-oeste e Sul com certeza se tornaria um problema para continuar operando, visto que a operação Nordeste e Norte eram totalmente deficitárias, e para o Governo Federal, perdeu-se também o sentido de continuar sustentando um transporte que só beneficiava aos empresários e donos de mineradoras. Mas enfim, digamos que a inovação dos transportes de massa tem fundamentalmente ter que passar para o sistema FERROVIÁRIO, mas no meu ponto de vista não com a visão de que a UNIÃO seja a responsável pela logística deste MODAL, visto que um transporte de MASSA, interessaria mais aos MUNICÍPIOS e ESTADOS do que pela UNIÃO. É um pensamento que inclusive quando o Tarcísio de Freitas era Ministro, enviei para ele uma sugestão que você inclusive publicou no seu BLOG. Um abraço PC
CurtirCurtir