Prédio histórico será reformado para abrigar escolas técnicas e terrenos no entorno ganharão conjunto habitacional Minha Casa, Minha Vida, Centro de Convenções e até uma nova Cidade do Samba para atender escolas da Série Ouro

O Globo – Em cerimônia realizada na manhã de ontem a prefeitura do Rio recebeu do governo federal a estação Leopoldina. A ideia é que o local, que tem valor histórico, seja restaurado e que no seu entorno sejam construídos um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida e uma segunda Cidade do Samba, para abrigar as agremiações da Série Ouro do carnaval carioca. Em dezembro, O GLOBO informou que os planos do município para o prédio, de acordo com o projeto executivo, previa terraço e jardins na antiga estação e que as obras, quando iniciadas, terão duração de dois anos. A estimativa da prefeitura é que parte do terreno teria potencial para receber até 560 apartamentos em 35 blocos residenciais.

Em sua conta numa rede social, o prefeito Eduardo Paes, que foi a Brasília participar da cerimônia, comemorou: “Agora é oficial: a antiga Estação Leopoldina foi repassada da União para o município do Rio! Vamos dar fim a um abandono de décadas e ressignificar este lugar histórico”, escreveu Paes.

O imóvel histórico, há tempos desejado pelo município, foi um dos primeiros a entrar no programa de Democratização de Imóveis da União, anunciado pelo governo federal.

— Na prática a gente passa a ter responsabilidade por aquele espaço e a gente já apresentou no passado um projeto em que se previa a reforma do próprio prédio da estação. A ideia é que seja ocupado por escolas técnicas do governo federal, a gente quer fazer um centro de convenções em parceria com o setor privado ao lado do prédio antigo e na parte de trás um conjunto habitacional minha casa minha vida e a Cidade do Samba 2. Então é essa a direção em que a gente vai caminhar. Agora é detalhar projetos e avançar nisso — disse o prefeito em entrevista ao RJTV 1.

Desde 2013, o Ministério Público Federal move uma ação contra a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) exigindo a execução de obras de recuperação, no valor de R$ 25 milhões.

Estado atual da estação Barão de Mauá (Divulgação Internet)
Projeto de reforma do prédio da estação Barão de Mauá (Divulgação Internet)

Nota da Redação:

Enfim, dada destinação ao prédio, mais que centenário, do edifício sede da Estrada de Ferro Leopoldina, precursora da ferrovia em nosso País.

Espera-se que a Estação Ferroviária não venha a ser, totalmente, descaracterizada da sua origem histórica. Para tanto, o Museu Ferroviário, hoje abandonado em galpão no Engenho de Dentro, onde lá estão a locomotiva Baronesa, primeira a circular nas linhas ferroviárias, os carros do Imperador e de Getúlio Vargas, entre tantas outras preciosidades históricas, seja transferido para gare da Estação e, assim, reconhecida e respeitada em sua origem, a primeira ferrovia do Brasil, com sua sede administrativa, a Estação Barão de Mauá, até então de triste memoria, pelo criminoso abandono.

Prefeito do Rio de Janeiro, assim esperam de Vossa Senhoria, os ferroviários da extinta RFFSA, em consonância com os cidadãos brasileiros que defendem a preservação cultural do nosso País.

Existe projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina.