Nota da Redação
–A Infra S.A. volta aparecer no noticiário. Parece que acordou… falta voltar os olhos para decidir o pagamento do INPC pleno aos ferroviários da extinta RFFSA, vencido desde 1º de maio último e as perdas salariais e, assim, amenizar a angústia da categoria que tem seus salários, aposentadorias e pensões aviltados desde a concessão da RFFSA à iniciativa privada.
Comentários da editoria do blob ferroviavezevoz
Infra SA estuda viabilidade de relicitação da FCA e Malha Sul
Fonte Revista Ferroviária

A Infra SA está fazendo estudos sobre a viabilidade de relicitação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), operada pela VLI, e da Rumo Malha Sul, caso as concessionárias não cheguem a um acordo para a renovações de seus contratos de concessão com o governo federal. Os estudos começaram no início desse ano, sob a incumbência do Ministério dos Transportes, afirma o presidente da estatal, Jorge Bastos.
“Quem faz os estudos é a equipe da antiga EPL (Empresa de Planejamento Logística) juntamente com engenheiros da Valec. A ideia é entender que trechos da malha são economicamente viáveis para carga ou para passageiros. Caso não chegue a um acordo para renovação dos contratos, o governo já terá isso em mãos para tomar um direcionamento, um estudo atualizado”, explica Bastos, dizendo que a entrega dos estudos tanto da FCA quanto da Malha Sul deve acontecer em um ano e meio. “Queremos entregar um projeto bem estruturado”.
Bastos informou que o estudo avalia a relicitação de partes da malha da FCA. Hoje a concessionária opera 7.220 km de ferrovias, que atravessam sete estados. O plano de negócios da FCA para a prorrogação do contrato prevê a devolução de alguns trechos, entre eles a linha Bahia-Minas, em bitola métrica. A proposta da empresa é entregar alguns trechos com a renovação e outros assim que vencer o contrato, em 2026. “Mas a gente está estudando a malha como um todo, para caso não seja renovada. O estudo vai dizer se um trecho, que hoje não é interessante para a FCA, pode ser interessante para outro operador, em outro modelo de operação”.
O processo de renovação da FCA caminha em passos lentos. No último dia 28 de setembro, o diretor relator da ANTT, Guilherme Sampaio, retirou de pauta o processo de reabertura das audiências públicas para discutir a prorrogação, e a data ainda não foi remarcada.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, tem dado declarações públicas sobre a insatisfação com as renovações antecipadas assinadas no governo anterior. Ele questiona os valores cobrados de outorga com base no levantamento de ativos não amortizados da Estrada de Ferro Carajás e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, ambas operadas pela Vale. A VLI, que opera a FCA, também tem como acionista a Vale.
O presidente da Infra SA afirmou que a empresa tem participado das discussões, com opiniões técnicas, sobre as renovações das ferrovias, tanto as que já tiveram seus contratos assinados, quanto aquelas que estão discutindo a prorrogação de seus contratos.
Bastos diz que o governo não descarta novas licitações no setor, mas caso seja decidido renovar com FCA e Malha Sul, os termos aditivos deverão ter como base parâmetros diferentes daqueles que foram utilizados nas renovações anteriores. “A FCA está se adequando a essas novas condições e diretrizes, pode ser que dê certo, pode ser que não. Ainda há possibilidade, sim, de renovar”, afirmou.
No pipeline de novos projetos da empresa, está ainda o aprimoramento dos estudos da Malha Oeste, que está em processo de devolução pela Rumo. Bastos diz que o levantamento tem o objetivo de entender de que forma uma nova concessão seria viável, se valeria a pena dividir a malha. “A gente faz os estudos e vai colocando o que está acontecendo, dando insights, para o Ministério dos Transportes tomar a decisão do que ele acha melhor para a política pública”. Segundo o presidente da Infra SA, a licitação da Malha Oeste deve acontecer no ano que vem.

Com o reajuste de 6,8% no valor do salário mínimo a partir de 01/01/24, mais alguns níveis da tabela salarial super defasada da RFFSA serão engolidos e também ficarão abaixo do mínimo.
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Depois que milhares de quilômetros de ferrovias foram criminosamente abandonados, fica fácil falar em relicitação. Quero ver se tem autoridade com culhões para cobrar dessa concessionária os danos que ela causou à Nação. Difícil, com essas”otoridades” municipais que aceitaram perder as ferrovias em suas cidades, em troca de alguns imóveis ou outros favores.
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