
O Globo – Durante as investigações da terceira fase da Operação Resina — que investiga a participação do vereador do Rio William Coelho (DC) e seu pai Edson Filho em um esquema de furtos de carga — os investigadores encontraram uma troca de áudios em que dois suspeitos de integrarem a quadrilha conversavam sobre uma possível venda de trilhos furtados do Metrô da cidade do Rio. Segundo a denúncia do Ministério Público, os diálogos estavam em um dos celulares apreendidos na última fase da operação. Nos áudios, o empresário Marcus Vinícius de Lima pergunta a Christiano Bruti, outro empresário alvo da ação, se havia compradores interessados para trilhos de trem. Ele explica que se trata de um grande lote do metrô do Rio e estava “na mão de um amigo”.
O empresário ainda afirma haver um político envolvido e que consegue, inclusive, uma nota fiscal para a venda. Conforme a denúncia, Marcus Vinícius ainda diz que o político se trata de um deputado que o procurou sobre o preço para venda e é o político quem irá decidir sobre a empresa que ficará responsável pelos trilhos. Durante a conversa, Christiano afirma que tem dois clientes fortes, pede mais informações sobre a carga e diz que se houver o esquema “irão abraçar tudo”.
“Tu tem algum contato que trabalhe com compra de trilho de trem? É um lote bom pra caralho. Tá na mão de um amigo meu. Tem algum conhecimento de alguém que arremata isso? Trilho de trem do metrô do Rio. É um esquemazinho (sic) político aqui. Se tiver o encaixe certo com a pessoa certa a gente consegue retirar. Com nota e com tudo direitinho”, pergunta Marcus Vinícius.