A ex-ministra do Planejamento e Orçamento Miriam Belchior, quando era presidente da Caixa Econômica, durante o governo Dilma Rousseff (PT). - Pedro Ladeira/Folhapress
A ex-ministra do Planejamento e Orçamento Miriam Belchior, quando era presidente da Caixa Econômica, durante o governo Dilma Rousseff (PT). – Pedro Ladeira/Folhapress

Folha de S. Paulo – Ministra do Planejamento na era petista, Miriam Belchior, que participa da formulação do plano de governo da chapa Lula-Alckmin, afirma que as concessões na área de infraestrutura não vão seguir a mesma lógica da atual gestão caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição de outubro.

“Vamos continuar fazendo concessões nas áreas de rodovias, ferrovias, aeroportos, mas compondo isso com obras públicas. Não é a lógica de que só o investimento privado vai resolver nossos problemas”, afirmou.

Ela evita dar detalhes sobre a nova estrutura que um eventual governo teria, mas critica a junção do Ministério da Fazenda e do Planejamento, que resultou na pasta da Economia: “ficou mastodôntico”.

Quando o Lula fala de um grande plano de investimentos, ele está falando principalmente de infraestrutura. A concessão não vai parar, mas também não vai ficar igual, de jeito nenhum. Tem coisa que não para em pé para ser concedida. Tem regiões do país que não têm renda suficiente para tarifas de pedágio, por exemplo. Não adianta fazer uma concessão que você sabe que lá na frente não vai dar certo.

O Ministério da Economia ficou meio mastodôntico, e isso é discussão para governo de transição. Mas a estrutura organizacional para mim tem que refletir o que você quer fazer. É ter órgãos que são importantes para garantir políticas que se quer implantar.