Por Fernando Abelha

Em atenção a dezenas de e-mails e comentários de leitores encaminhados ao blog, pelos quais questionam, quase em tom de desespero, sobre como está a situação do reajuste salarial dos ferroviários aposentados e pensionistas da extinta RFFSA, vimos, permanentemente, mantendo contato com os órgãos de classe, que recomendam sempre “cautela enquanto agem”.

É de fato preocupante aos milhares de ferroviários aposentados e pensionistas, este proposital congelamento de seus salários, já no terceiro ano sem qualquer reajustamento, e total silencio daqueles que, por obrigação e representatividade de classe deveriam não somente agir, mas, também, informar. Não dá mesmo para entender essa mineirice de que ” a alma do negócio é o segredo‘. Quem sabe: possivelmente, em cada rincão do País, temos ferroviários que poderiam ajudar politicamente, desde que tivessem informação e orientação. Assim entendo…

É como se a categoria dos ferroviários da extinta RFFSA, hoje, totalmente ignorada pelos órgãos governamentais, não mais existisse, mesmo após dezenas de anos de serviços prestados à Nação e, justamente, no momento que mais necessitam, ao atingir a velhice. Na verdade, os ferroviários estão envelhecidos, mas 54 mil ainda sobrevivem a tantos irresponsáveis e perversos desmandos por parte do governo, capitaneados pela famigerada VALEC – Engenharia, estatal que em momentos passados esteve presente na crônica policial, por comportamentos não muito republicanos. Ressalte-se que por ironia do destino ou ausência de lideranças à época das concessões de nossas ferrovias, nos subordinaram a esta desastrosa VALEC.

Para cobrir a carência de um porta voz da categoria, oriundo dos órgãos de classe, não deixamos em nenhum momento de manter contatos com nossos representantes. Deixam sempre claro estarem atuando administrativa e politicamente para encontrar uma solução em defesa da categoria, sem nunca desmerecerem a orientação jurídica do advogado ferroviário ALCIR ALVES DE SOUZA. Alegam sempre que antes de ingressar na justiça devem ser esgotadas todas as premissas administrativas e políticas que já se encontram em andamento.

Somente nos resta confiar e aguardar.