Trilhos de trem e de metrô se tornaram zonas de conflito armado na operação policial no Jacarezinho que deixou 28 mortos. No fogo cruzado, duas pessoas foram feridas no Metrô Rio na altura da estação de Triagem. Nos trens, a circulação em ramais da Supervia foi interrompida e policiais avançaram sobre as linhas férreas durante a operação. As cenas mostram que passageiros dos coletivos estão expostos aos confrontos, e isso semanalmente. Desde 2019, houve paralisação na circulação de veículos 115 vezes por conta de tiroteios: em média, uma interrupção por semana até hoje. Como efeito dos tiroteios e de sequestros, concessionárias precisam pôr em ação medidas de segurança interna sem aviso prévio da polícia, a fim de evitar acidentes.

Segundo números divulgados pela Supervia, neste ano, os tiroteios interromperam por nove vezes os serviços nos trens da Supervia. Em 2020, foram 36 interrupções e, em 2019, 70 casos de paralisações nos trens em função de confrontos nas imediações do sistema ferroviário. Ao passo que sequestros de trem, a maioria durante operações policiais, também afetam a circulação por quatro vezes desde 2019. Dois sequestros ocorreram apenas este ano: um no final de abril e outro no início de março.

No último sequestro, quatro homens armados com fuzis e pistolas abordaram um trem de manutenção da SuperVia, que passava pela estação Jacarezinho, por volta das 13h. O veículo trafegava em baixa velocidade, quando os homens pularam no seu interior e seguiram viagem por alguns metros, no sentido Central do Brasil. Eles desembarcaram na via férrea, antes da composição chegar à estação Triagem, e deixaram o sistema.

Fonte: O Globo; https://oglobo.globo.com/rio/em-media-tiroteios-interromperam-circulacao-de-trens-no-rio-uma-vez-cada-semana-desde-2019-25006371