Por Fernando Abelha

O ano chega ao seu final sem que os ferroviários encontrem o caminho para ter os salários corrigidos pela inflação como preconiza a Constituição Federal. Em maio próximo, entrará o terceiro ano sem reajuste de salários. O que se vê, com o aumento disparado do custo de vida, a categoria, cerca de 100 ferroviários em atividade e alguns milhares de aposentados e pensionistas, está cada vez mais com seus vencimentos aviltados, com perdas de mais de 50%, ampliando, assim, o seu empobrecimento.  A Escala de Cargos e Salários da extinta RFFSA já registra 10 níveis abaixo do salário mínimo. A fome ronda as famílias dos ferroviários. Somente o governo não vê essa calamidade.

Noticias obtidas, ontem, junto a representantes sindicais dão conta que nada será decidido este ano, quanto o pagamento dos índices inflacionários apontado em maio último pelo Acordo Coletivo do Trabalho. Desmentiram que a VALEC já teria manifestado sua posição com o índice zero.  Informaram, ainda, que está em desenvolvimento trabalho junto ao judiciário para após o recesso da justiça. Perguntado sobre se foram ajustados entendimentos junto a VALEC, para que as perdas sejam solucionadas, através do Dissídio Coletivo no Tribunal Superior do Trabalho – TST,  decidindo o impasse, não quiseram adiantar, mas também não negaram.

Somente nos resta ter paciência e continuar acreditando na atuação dos órgãos de classe, em defesa dos direitos da categoria.