Por Fernando Abelha
 Adauto Alves, presidente da Associação Mútua dos Ferroviários da Estrada de Ferro Leopoldina e o presidente da Federação Nacional dos Aposentados e Pensionistas – FENAFAP, Etevaldo Pereira dos Santos, em pronunciamentos no WhatSpp do chamado Grupo da Comissão Especial Paritária, demonstram a preocupação das lideranças da categoria, com a lamentável situação salarial dos ferroviários da extinta RFFSA.
 O grupo da chamada Comissão Especial Paritária, que envolve lideranças de vários Estados da Federação, vem atuando em Brasília em contatos com autoridades do Ministério da Infraestrutura, no qual a VALEC está subordinada, no sentido de encontrar uma solução que faça justiça aos salários dos ferroviários da extinta RFFSA. 
Adauto Alves, que também é diretor da FNTF, ressaltou o esforço que a Federação e os sindicatos da base vêm desenvolvendo para que a VALEC agende uma data para que o Acordo Coletivo impetrado na empresa pela FNTF e sindicatos, desde o final de março último, seja debatido e aprovado com a reposição da inflação aos ferroviários, que a cada ano têm seus salários corrigidos abaixo da inflação. 
Assim se pronunciou Adauto Alves: 
Amigos da Comissão Especial Paritária. Este momento para a categoria dos ferroviários é REALMENTE preocupante. Antes já se encontrava e após a pandemia pior ainda ficou para nossa situação salarial. 
A cada dia nosso salário vem sendo cada vez mais corroído. Aqueles poucos que tinham uma gordurinha, enquanto a grande maioria que se encontra no osso, a cada dia vê o seu salário virar pó.  
Toda nossa classe ferroviária sente na pele a perda do poder aquisitivo, em nossos lares e no nosso cotidiano. não é de hoje. Dissídio /Acordo Coletivo até o momento, segundo informações da FNTF através de seu PRESIDENTE, não ocorrerá. A VALEC permanece irredutível em aceitar debater o Acordo Coletivo.
 Por sua vez, a última reforma trabalhista veio para beneficiar os patrões, em detrimento da classe trabalhadora. Para que a FNTF impetre no Tribunal Superior do Trabalho o Dissídio Coletivo, o empregador tem de concordar.
 Por outro lado, qualquer reajuste não seria maior que um por cento. O que seria isto sobre a média salarial RS.1.300;00 reais? Apelar ao TST? Um tribunal subserviente e desmoralizado. Enquanto isto, o governo avança na Reforma Administrativa que, pelo o que a imprensa diz, poderá atingir os direitos adquiridos...
 O Corona 19 ata os nossos pés e mãos e serve de escudo para que não se negocie nada. A nossa única expectativa e esperança está no Ministério de Infra Estrutura com relação a nossa revisão salarial, pelo único instrumento que temos o Processo da Comissão Paritária.
 O momento difícil que vivemos requer união articulação administrativa e criatividade, sem o que deixaremos de existir. Não se trata de alarmismo, mas de constatação. Deus que nunca nos abandonou vai encontrar uma solução para nós. Desculpem este desabafo!!!  ADAUTO.

Por sua vez, o presidente da FENAFAP Etevaldo Pereira dos Santos, que ao lado de Adauto lideram o grupo da Comissão Especial Paritária, em consonância ao pronunciamento do seu colega presidente da Associação Mútua, afirmou:  

Presidente Adauto é muito oportuno o seu comentário diante desta crise pela qual a classe vem passando. Infelizmente, nossos sindicatos perderam o poder de negociação, quando a RFFSA foi extinta. O mais agravante é que muitos colegas acreditam que as Associações de Aposentados têm culpa!  Não sabem eles que, a tarefa de negociar aumento salarial da classe, pertence aos sindicatos; o aumento para nós ferroviários aposentados e pensionistas é concedido por reflexo das leis 8.191/91 e 10.478/02. Portanto, seria muito importante que o colega Fernando Abelha publicasse em seu blog tais esclarecimentos. Nossa tarefa no momento é lutar pela aprovação da tabela salarial, que por motivo da Pandemia estamos impossibilitados de viajar para Brasília.

A cada dia fico mais angustiado por conta desta situação. Todavia, volta e meia, vejo que será um risco muito grande para nós se viajarmos sem a devida segurança para com a saúde de cada um. Imaginemos que se fizermos tal viagem agora e alguns dos colegas venham contrair o maligno vírus, venha a óbito… Suas famílias jamais nos perdoarão. Pensem nisso. ETEVALDO.

Outros pronunciamentos:

Sonia Viana REFER: Prezados, Brasília está completamente vazia. Estou em Brasília e praticamente todos os servidores em home office. Não existe nem trânsito.

Celso Paulo: Aguardemos as boas notícias sem riscos pessoais.

Etevaldo: Presidente Adauto, então estamos agindo corretamente. Viajar para lá agora seria uma despesa desnecessária, sem contar com os risco…