Por Fernando Abelha

Em contatos mantidos, na tarde de ontem, com o líder ferroviário Adauto Alves, presidente da Associação Mútua dos Ferroviários da E.F. Leopoldina e diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários- FNTF, obtivemos a informação de que o chamado Grupo da Comissão Paritária vem avançando nas negociações com o Ministério da Infraestrutura.

Em tom otimista, mas sempre com a preocupação de não criar falsas expectativas, Adauto Alves informou ter recebido do presidente da FENAFAP e coordenador do Grupo de Trabalho, Etevaldo Pereira dos Santos, a notícia do agendamento pelo Ministério da Infraestrutura de reunião com as lideranças da categoria, para o dia 24/03/2020, às 9h30m, na Secretaria Executiva do Ministério.

O objetivo do encontro em Brasília com as lideranças do Grupo de Trabalho, representado pelas Associações de Classe e Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF, é no sentido de fazer entender às autoridades do Ministério, que a categoria vem tendo perdas salariais continuadamente. Assim, atuarão no decorrer da reunião, no sentido de fazer cumprir a atualização da Tabela de Cargos e Salário dos Ferroviários da extinta RFFSA, com o pagamento das perdas salarias, reconhecidas em 2014, em torno de 34%, pelos membros da Comissão Paritária, através de relatório assinado pela diretoria da VALEC e pelos representantes da FNTF. O trabalho que vem sendo desenvolvido, pelas lideranças do Grupo, foi iniciado pelo desarquivamento do processo, engavetado há mais de cinco anos. O que se pretende, agora, é incorporar aos salários às perdas de 34% reconhecidas pela Comissão Paritária em 2014, atualizando-as até os dias atuais.

Adauto Alves assim se pronunciou: “ É uma vergonha… Verdadeiro massacre contra a categoria dos ferroviária da extinta RFFSA. Até então somos 52 mil aposentados e pensionistas, cuja média salarial é de RS 1.300,00 reais. A situação é tão séria que a tabela da RFFSA, dos níveis 201 a 211 estão abaixo do salário mínimo atual, o que vem causando uma grande penúria e pobreza, principalmente, aos trabalhadores menos favorecidos”.