Comentários de Fernando Abelha sobre a matéria “Esquemas” nos Fundos de Pensão, editada pelo blog, “O Antagonista” .

Dos três ex-diretores da Fundação REFER exonerados pela Justiça Federal em maio de 2018, dois respondem a 12 autos de infração, penalizados que foram pela PREVIC, órgão fiscalizador da Previdência Complementar, por aplicações milionárias a partir da década de 2010 em investimentos duvidosos, levados ao fracasso. Aguarda-se para qualquer momento a conclusão de inquérido pela Polícia Federal, instaurado a partir de maio de 2018, para apurar os desmandos cometidos. Um dos diretores destituído, permanece como empregado da REFER, onde recebe  seus vencimentos, por ser diretor do Sindicato da Previdência Privada do RJ, que lhe garante estabilidade funcional, enquanto diretor do Sindicato. Ele também responde a um auto de infração.

Deus proteja a REFER.

Íntegra da matéria publicada pelo “O Antagonista”:

– Institutos de previdência — como Previ, Petros, Serpros — deveriam aplicar seus recursos para garantir a aposentadoria e pensões de servidores. No Brasil, se tornara fontes inesgotáveis de recursos ilícitos nas mãos de partidos políticos. Agora uma delação premiada inédita expõe as entranhas do esquema montado pelo PT e pelo MDB para roubar dinheiro dos fundos. 

Um dos projetos que receberam injeção milionária de recursos tinha como sócio oculto, segundo o delator, o filho de um ex-senador. Outros personagens que apareceram na história são bem conhecidos, como o ex-tesoureiro petista João Vaccari.

O repórter Fabio Leite teve acesso com exclusividade ao conteúdo da delação. A delação, feita por um experiente operador, esmiúça o “papel dos agentes que promoveram e se beneficiaram dos desvios de dinheiro dos maiores fundos de pensão do país por meio de aportes em empreendimentos fadados ao fracasso”.

Leia um trecho da reportagem:

O delator chama-se Ricardo Siqueira Rodrigues, um empresário conhecido como “Ricardo Grande”, que intermediava investimentos de fundos de pensão em empresas privadas. Ele foi preso pela Lava Jato do Rio de Janeiro em abril de 2018, acusado de desviar dinheiro de uma aplicação. Ricardo Grande teve sua colaboração homologada em fevereiro do ano passado. Nos anexos obtidos por Crusoé, que ficaram públicos por alguns dias em novembro por decisão do juiz federal Vallisney Oliveira, do Distrito Federal, Rodrigues relata a trama engendrada por operadores como ele junto a gestores dos fundos de pensão, para beneficiar dirigentes e políticos do PT e do MDB. Um dos casos delatados envolve um fundo de investimento em participações chamado FIP Canabrava, criado pelo empresário Ludovico Giannattasio para financiar a construção de usinas de álcool e açúcar em Campos dos Goytacazes, no norte do Rio. Relatórios da CPI dos Fundos de Pensão e da Polícia Federal já apontavam que a empreitada resultou em prejuízos milionários aos fundos Petros, Postalis e Serpros, que puseram no negócio quase metade do total de 694 milhões de reais captados. Das quatro usinas previstas, só uma saiu do papel e, ainda assim, ficou no vermelho…

Fonte: Internet, O Antagonista