Por Fernando Abelha
Foi marcada por amplo sucesso a reunião realizada, ontem, na sede da Associação Mútua dos Empregados da Estrada de Ferro Leopoldina. A pauta da reunião esteve voltada a constituição de um Grupo de Trabalho, com o objetivo de através de ações coordenadas, preliminarmente, defender o pagamento das perdas salariais da categoria, reconhecidas pela Comissão Paritária, em 2014, e formada por representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF e da VALEC – Engenharia que registrou à época uma defasagem de 36% dos salários e que hoje estaria em torno de 52%.
Estavam presentes Hélio de Souza Regato de Andrade, ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho-TST e Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF; Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros Ferroviários – FAEF, Clarice Maria de Aquino Soraggi, Presidente da Federação das Associações de Aposentados da RFFSA, Etevaldo Pereira dos Santos – deslocou-se de Fortaleza para participar do encontro; presidente da Associação dos Aposentados da RFFSA, Nelson Fernandes Cruz, acompanhado de diretores; Presidente da Associação dos Engenheiros Ferroviários – AENFER, Izabel Cristina Junqueira de Andréa, acompanhada de diretores; diretor da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina – AEEFL, Celso Paulo, representando o presidente Almir Gaspar; conselheiras da Fundação REFER, Flores Ferreira e Sônia Viana; Fernando Abelha, representando o presidente da REFER Manoel Geraldo Costa; Adauto Alves presidente da Associação Mútua e diretoria, além de significativo número de ferroviários, e outras personalidades, entre as quais Joaquim Vargas, convidado especial do vice presidente da Mútua, Geraldo Sobrinho, por sua importante influência política.
Adauto Alves, presidente da Mútua, recepcionou os colegas de outras Associações e conduziu os trabalhos. Ressaltou que “aquele era, mais uma vez, um momento histórico para a Associação Mútua, quando as principais entidades de classe representativas da categoria, davam as mãos com objetivo único: coordenar e agir como apoio a FNTF e seus sindicatos da base, na defesa dos legítimos direitos dos ferroviários”.
Por sua vez, Hélio Regato falou do difícil momento que a FNTF vem encontrando “quando todas as portas estão sistematicamente fechadas”. Disse que “conseguiu transferir de hoje para próxima quarta-feira, a decisão dos sindicatos da base de aceitar ou não o ultimato da VALEC com a proposta de 3,54% para os dois acordos coletivos. No caso de os sindicatos rejeitarem, o assunto sairá de pauta sem perspectiva de ser retomada, uma vez que no TST, a VALEC se recusa de sentar-se para nova mediação, no que está protegida pela nova legislação trabalhista – CLT”. Disse ainda que “ou se aceita ou perde-se tudo”. E aduziu: “o mais preocupante é que a VALEC se nega a pagar os atrasados e o que é pior ainda, propõe a mudança da data base da categoria para a dia da assinatura do ACT”. E ressaltou: “até então a filosofia das linhas políticas do País, era conhecida como a de direita ou da esquerda. Agora nós temos esquerda e governo”
Em seguida usaram da palavra Etevaldo Pereira, Izabel Cristina, Clarice Soraggi, Nelson Cruz, Osmar, Hélio Suevo, Alexandre Júlio Lopes de Almeida, vice-presidente da AENFER; e Celso Paulo. Dirigindo-se a Hélio Regato ressaltou: “a sua presença aqui representa o reconhecimento da importância deste momento”. E aduziu: “ao ouvirmos repetidamente a constante desculpa do governo da falta de recursos, indagamos: onde está o dinheiro das concessionárias que ficaram com o filé mignon das linhas ferroviárias. Por quê o governo não faz a cobrança dessa dívida e paga aos ferroviários da extinta RFFSA?” Defendeu, ainda, que “a tabela dos cargos e salários dos ferroviários da RFFSA – com os 10 primeiros níveis abaixo da inflação – transferidos por sucessão trabalhista deveria ser equiparada aos dos empregados da VALEC, para onde foram lotados”.
O Secretário Executivo da AARFFSA, Marcos Cruz, redigiu a ata da reunião com os assuntos discutidos e aprovados, entre os quais a constituição do Grupo de Trabalho que se reunirá, periodicamente, para que em comando único tome, a cada momento, as medidas junto às autoridades executivas e legislativas, na defesa dos direitos da categoria. Opóis a assinatura a Ata será encaminhada à publicação.
No início da reunião foram condecorados pelo vice-presidente da Mutua, Geraldo Sobrinho, com os títulos de Sócio Benemérito, o ex-diretor da Mútua, João de Souza, e Tânia Lessa, esposa do também, ex-diretor da Mútua, Walter Lessa, já falecido. Adauto Alves fez referência elogiosa aos ex-presidentes da Mútua, Irapuã e Raimundo Neves e também aos líderes sindicais ferroviários Demistoclides Batista e Herval Aroeira.
Saber que as principais entidades ferroviárias ontem deram-se as mãos para enfrentar essa gigantesca luta contra a opressão do capitalismo selvagem, no nosso caso representado pela Valec, faz a gente criar novo ânimo, mesmo sabendo-se que este novo governo, eleito com a ajuda de muitos ferroviários, simplesmente ignora a existência da classe. A união faz a força, e parece que desta vez seguiremos com mais força rumo aos nossos mais do que justos anseios. Que Deus abençoe as nossas entidades e que olhe pela grande família ferroviária.
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Em minha publicação de hoje, não citei nomes, usei apenas frases de um filosofia e no entanto foi publicada e o presumo que foi excluída imediatamente!!!
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Antoniel
Nada exclui. Isso tem acontecido ultimamente e já comuniquei ao provedor. Peço repetir a sua mensagem.
Desculpa-me.
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As vezes em nossa caminhada na vida enfrentamos Anjos e Dragões. Estamos neste momento enfrentando o Dragão. Temos que refletir : Ou anestesiamos este Dragão ou sucubimos. Refletindo vamos anestesiar esse Dragão e no próximo encontro estaremos mais fortes para enfrentarmos e derrotarmos de uma vez. Portanto vamos aceitar esses 3.54 % pq parece que o tempo urge para nós idosos Não podemos perder tempo….
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Em minha publicação de hoje não citei nomes, apenas trecho de uma filosofia, no entanto foi publicada e excluída o imediatamente!!!
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MEU AMIGO J. ABELHA, ESTOU FALANDO POR MIM, EU ACEITARIA ESSA OFERTA DE 3,54% PORQUE ESSA OFERTA SE NÃO FOR ACEITA VAI FAZER PARTE DA NÓSSA PERCA A QUAL JÁ ESTÁ MAIS DE 40% E NÃO SABEMOS SE VAMOS RECEBER. UM FORTE ABRAÇO.
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Antonio
A sua opinião é lida pela FNTF e sindicatos que detém a legitimidade de lutar por nós. Vamos aguardar a decisão deles. Eu lhe entendo.
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Eu estava observando, as pessoas não estão mais falando sobre o assunto do dissídio coletivo, porque estão revoltada , com esse governo , não temos mais aonde recorre, temos mesmo segue aceita tudo isso agora pergunto a todos vocês, ogue serve os sindicatos, se a CLT e a favor das empresas, e aceitar e ficar calado , se não nem isso vamos pegar abraço
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Tb postei algo essa semana e nao apareceu nos comentários., mas uma. Perda de um ferroviario meu tio Arlindo sem receber seus proventos do governo
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Luciana
Eu li o seu comentário. Não estou entendendo. Há cerca de dois anos o blog foi invedido e tirado da web. Tivemos qye reeditá-lo. Algo de errado está acontecendo. Vou pesquisar
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Faço minhas as palavras de António Moraes. Se não tivermos mais nenhuma alternativa o melhor é aceitar o que foi propôsto. Vale dizer que me decepcionei com o Gen Márcio Veloso. Pensei que alguma coisa fosse mudar para nós. Aposentados e pensionistas já tão sofridos.
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Está havendo duplicação dos comentários..
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Faço minhas as palavras de António Moraes. Se não tivermos mais nenhuma alternativa o melhor é aceitar o que foi propôsto. Vale dizer que me decepcionei com o Gen Márcio Veloso. Pensei que alguma coisa fosse mudar para nós. Aposentados e pensionistas já tão sofridos.
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Se aceitarem o ultimato da famigerada Valec de 3,54%, estarão nossas lideranças jogando no lixo toda honra e o respeito pelo qual até hoje lutaram incansavelmente pelo pleno direito de receber oque estão nos roubando ano após ano sem que haja a intervenção da tal justiça. E quanto ao tal General que assumiu a Valec, que diabos de tetro burocrático é esse?? Vão empurrar com a barriga descaradamente essas dívidas até o dia em que não sobre um aposentado ferroviário vivo e pensionista….
Quem sabe o Bolsonaro peça um empréstimo ao “Profeta de araque” Edir Macedo e pague tudo que deve aos que faziam esse país crescer antes da máfia rodoviária tomar o lugar dos trilhos da prosperidade e dar lugar ao roubo desenfreado do dinheiro público, sem falar nos impostos sobre os produtos, coisa que nos tempos do transporte ferroviário era quase que senão menos da metade do valor hoje agregado.
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Ok. Seu joao Abelha. Obg
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A ultima reforma trabalhista, feita no governo TEMER e que alguns. achavam que era para ciar empregos, além de não ter feito isso. precarizou ainda mais as relações trabalhistas, tai o resultado, os sindicatos obrigados a aceitarem qualquer migalha, porque a justiça, que já não era tão justa, agora não pode fazer nada por nós, mesmo assim é a reforma da previdencia, só atinge os menores, mas tem gente aplaudindo.
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Entre nada e 3.50% , melhor pegar essa esmola , porque pelo jeito esse governo de militares de pijama , não vai nos dar a mínima atenção.
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Não estamos tratando da filosofia das linhas políticas do País. E sim, do direito da reposição do Índice inflacionário reconhecido por este Governo e prevista na Constituição deste País. Só quero que nossos direitos sejam respeitados.
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Paulo
Entendo que o atual momento político arbitrado por decisões unilaterais (governo) ao invés da discussão entre às várias filosofias políticas. esquerda, direita e outras, é pelo menos, prejucial à toda sociedade.
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No meu entender, após alguém participante desta “TODA SOCIEDADE” concretizar a “entrega” ou privatização da RFFSA. SIMPLESMENTE NOS DEIXOU NO LIMBO. IGNORANDO NOSSA CONSTITUIÇÃO onde diz: ” O PODER DE COMPRA DO SALÁRIO DEVE SER MANTIDO”. Em qual das “sociedades” estamos vivendo???. Pois só os Ferroviários são excluídos!!. Desculpa, é revoltante.
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Em sex, 13 de set de 2019 às 08:33, Ferrovia Vez e Voz escreveu:
> joaoabelha posted: “Por Fernando Abelha Foi marcada por amplo sucesso a > reunião realizada, ontem, na sede da Associação Mútua dos Empregados da > Estrada de Ferro Leopoldina. A pauta da reunião esteve voltada a > constituição de um Grupo de Trabalho, com o objetivo de através de” >
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Em qua, 18 de set de 2019 às 12:00, Geraldo castro filho escreveu:
> > > Em sex, 13 de set de 2019 às 08:33, Ferrovia Vez e Voz comment-reply@wordpress.com> escreveu: > >> joaoabelha posted: “Por Fernando Abelha Foi marcada por amplo sucesso a >> reunião realizada, ontem, na sede da Associação Mútua dos Empregados da >> Estrada de Ferro Leopoldina. A pauta da reunião esteve voltada a >> constituição de um Grupo de Trabalho, com o objetivo de através de” >>
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