Por Fernando Abelha

A propósito da situação que amargura a categoria dos ferroviários, recebemos do líder Adauto Alves, presidente da Associação Mútua Auxiliadora dos Ferroviários da Estrada de Ferro Leopoldina e diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, e-mail em que defende a marcha de lideranças à Brasília.

Eis a íntegra do e-mail:

PREZADOS COMPANHEIROS FERROVIÁRIOS- Quando a MÚTUA, FNTF E FENAFAP dia 28/05/2019 estiveram em Brasília, e nos defrontamos cara a cara, olho no olho, com a Diretoria da VALEC, comentamos com algumas pessoas nossa descrença com aquela estatal, com relação a classe ferroviária, que seria mais uma vez achincalhada, massacrada, humilhada por aqueles  que o Governo da Época, não interessa citar quem, aqui não tratamos de política partidária, mas da Classe Ferroviária, através da Lei.11.483, nos amordaçou, nos amarrou nos tornando dependentes de uma empresa, que nada tinha a ver conosco, envolvida em escândalos e corrupção, com os dirigentes presos, e que custou R$ 500 milhões aos cofres públicos, que na realidade todos nós os brasileiros pagamos a conta.

Deixamos bem claro, que Dissídio Coletivo e Acordo Coletivo, é uma questão de Capital e Trabalho, cabendo a Federação e os Sindicatos da Base discutirem com o Governo e Tribunais. Me causa espanto é quando posto artigo no espaço democrático do blog do nosso Abelha, que tantos bons serviços vem prestando a classe ferroviária, TABELA PARITÁRIA, vejo de Dois a Três comentários, quando se trata de Acordo e Dissídios, mais de Vinte, embora entenda que talvez a  maioria das pessoas não acreditem, nas instituições ou nas pessoas que ali estiveram e conseguiram desarquivar um processo que já se encontrava há mais de cinco anos, lembrando que a FNTF esteve presente através de minha representação.

Não nos incomoda preocuparmos a classe ferroviária que vem sofrendo e como!!! O nosso principal assunto é nossa Recuperação Salarial, que repito está em nossas mãos, com direitos legais já assegurados, é um compromisso do Governo e não desta desprezível VALEC. Provamos por A+B. dos nossos direitos repito, não se trata de reajuste salarial, mas recuperação de perdas salariais, que nos foram retiradas pelo Governo, e que a Legislação nos permite. Não sou Advogado, meu diploma é de ferroviário nato, mas não podemos recorrer a outras instâncias, com o risco de ser arquivado definitivamente, se não houver o contraditório, e ele se encontra nas mãos do Ministério da Infraestrutura, e quem deverá dar a palavra final, se não houvesse algo de concreto em nossas reivindicações, ele não seria reaberto, e não ocorreriam as movimentações desde 28/05, até 18/06. Gostaria de ressaltar, que esta Tabela não é Monopólio de Federações, Sindicatos e Associações de classe, mas do FERROVIÁRIO.

Conclamo todas as Representações, sem ideologias, partidarismos, estrelismos, quem fez e quem não fez, para nos unirmos e juntos irmos a Brasília, ao Ministério cobrarmos a solução. Sozinhos!!! Não somos nada!!! Juntos somos fortes!!! Teremos tanto a representação das instituições, como farto material técnico para comprovarmos e justificarmos nossa Reivindicação. Tao logo haja adesão daqueles que se interessarem participar, acionaremos o Presidente da FENAFAP, Sr. Etevaldo, que detém o canal de contato com o Ministério para que seja marcada uma nova audiência com o Ministro. Solicito que não seja tomada atitudes isoladas, para não chegarmos lá enfraquecidos, o Governos tem se aproveitado desta situação de divisão da classe para negar nossos direitos. Um discurso afinado, os interesse e lideranças são de todos nós, que vamos falar em nome de quase 60.000 aposentados e pensionistas ferroviários muitos em dificuldades falimentares, como viver com uma média salarial de RS1.300,00 reais? Fica a pergunta e tudo depende de nós. !!!! Obrigado pela paciência, como sempre disse nosso grande Abelha. <quem sabe faz a hora, não espera acontecer. > Fé e acreditar!!!!!!!

Belo Horizonte,16 de agosto de 2019 ADAUTO ALVES-Presidente da Mútua-Diretor da FNTF-Secretário Geral da FENAFAP-