O Brasil pretende impulsionar os investimentos em ferrovias, incluindo uma nova rota através da Floresta Amazônica, para reduzir os custos de transporte da crescente produção de soja e milho, segundo o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
O novo governo planeja dobrar a capacidade ferroviária do país por meio de concessões que demandarão investimentos de cerca de R$ 25 bilhões nos próximos anos, disse o ministro, durante entrevista em São Paulo.
“A prioridade número 1 do ministério hoje são as ferrovias”, disse o engenheiro de 43 anos, citando uma lista de projetos que incluem a conclusão da ferrovia Norte-Sul e a construção da Fico e Ferrogrão. O plano criaria uma gama de alternativas para a exportação de grãos cultivados na principal região agrícola do Brasil. “Isso vai gerar competição em oferta de transporte, o que fará o frete despencar.”
Parte da produção brasileira de soja é atualmente transportada por mais de 1.600 quilômetros de estradas precárias de Mato Grosso, que produz um quarto da produção do país, para portos distantes da região Sudeste. O acesso a terminais de exportação mais próximos no Norte depende de caminhões que passam por quilômetros de estrada não pavimentadas.
A Ferrogrão é um projeto de 1.000 quilômetros concebido pelas principais tradings de commodities – conhecidas como “ABCDs” – e planejado para ligar fazendas de soja em Mato Grosso ao Porto de Miritituba, no rio Tapajós, no Pará.
Para Freitas, o projeto é “desafiador, mas viável”. A rede responderia pela rota de exportação de cerca de 40% da produção de soja e milho do Mato Grosso, que pode aumentar para mais de 100 milhões de toneladas até 2025, das atuais 62 milhões de toneladas, disse o ministro.
As ABCDs, grupo formado por Amaggi, ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus, estão dispostas a participar com 30% do investimento estimado em R$ 13 bilhões e os agricultores do Mato Grosso também entrar com até R$ 800 milhões por ano por meio de um fundo coletivo, segundo Freitas. O projeto também atraiu interesse de investidores chineses.
As ferrovias respondem por cerca de 15% transporte de cargas no Brasil, número que pode subir para cerca de 30% em menos de uma década se os atuais projetos de concessão forem bem-sucedidos, disse Freitas.
Freitas disse ainda que as construtoras brasileiras atingidas pela Lava Jato, incluindo a Odebrecht, devem ter permissão para voltar aos negócios e entrarem novamente em grandes projetos de infraestrutura.
“Essas empresas têm pessoas, engenharia, acervo, história”, afirmou, acrescentando que podem ser contratadas por empresas estrangeiras para executar projetos, em vez de fazer concessões. “Essas empresas são importantes, a gente não pode destruir as nossas empresas.”
Fonte: Ministério da Infraestrutura, Revista Ferroviária
Enquanto a fatia de transporte cresce, mesmo com os problemas da Vale e da Samarco, as fatias dos salários dos ferroviários, além de não aparecerem, sempre caem.
Que pecados cometemos?
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Jorge
Torna-se cada dia mais premente uma ação transparente e conjunta dos órgãos de classe no sentido de decidir o rumo a ser seguido por nossa categoria. O tempo passa. As ameaças aumentam. Temos de fazer alguma coisa. Assim entendo.
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Bom dia Fernando, ninguém mais fala do nosso dissidio. Existe alguma esperança para esses pobres ferroviários, como eu que sofrem com essas injustiças promovida pela valec.
Um abraço à todos.
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Julio
Somente nos resta aguardar.
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DISSIDIO, DISSIDIO, onde te escondes ?
Companheiro Adauto Alves, por você ser o membro mais ativo da FNTF, que mais usa esse blog, esclareça se possível , quais são os planos da FNTF, com relação ao acordo de trabalho 2018/2019, acho que os sindicatos e a federação devem e precisam se manisfestar a respeito, não entendo o porque, de hoje em termos tanta facilidade de comunicação, e simplesmente os sindicatos não dizem nada, e são todos não me interessa a cor.
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Lamentável o silencio geral, agora pergunto até quando irá prevalecer essa política deixa quieto, até quando irá permanecer esse total desrespeito a classe e aos direitos adquiridos por lei, estão aguardando mais o que : Óbito de companheiros, extinção da VALEC para começar a cobrar um feito no ano anterior que quando chega ja devassado e sem a devida correção, total despeito aos trabalhadores que muito colaboraram para o transporte de nossas riquezas por muitos anos, hoje todos indefesos com idades avançadas, a maioria sofrendo com doenças crônicas e sem a mínima condição de um tratamento médico digno, plano de saúde descontado em sua folha de pagamento sumiu ninguém, mais soube nada a respeito da denúncia feita ao MPF, resumindo vamos continuar aguardando, vamos aguardando.
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Adeir
De há muito nós somos penalizados pelo abandono a que fomos relegados. Nos últimos 15 anos o pouco que temos conseguido é através da FNTF que, de forma inteligente, por congregar 10 sindicatos distribuidos por vários Estados da Federação lhe dá a legitimidade de agir em nossa defesa a nível nacional. Lembre-se que os ferroviários não estão somente em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Por sua vez, para que seja impetrado o Dissídio Coletivo no TST é necessário que sejam esgotadas todas as tentativas de mediação através do Acordo Coletivo do Trabalho. Assim foi desde a nossa data base de 1º de maio de 2018, sem que obtivessemos da VALEC, pelo menos, a concordância de nos repor a inflação anunciada pelo governo nos míseros 1,86%. Foram três tentativas de mediação pelo ACT. Agora a FNTF, após o recesso do judiciário, prepara-se para ingressar com novo Dissidio Coletivo, a nível nacional. Resta-nos esperar o resultado e orar para que saiamos vitoriosos, como nos anos anteriores. Não existe outra saída a não ser através da FNTF, em que a presidência está a cargo de um ministro aposentado do TST que melhor do que ninguém pode nos ajudar.
Assim entendemos.
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Realmente a FNTF tem de entrar com o DC na primeira hora no TST.estamos sendo muito castigados sem a correção dos nossos já magros proventos.O que se pede,é o que é dado aos demais ferroviários todo dia 1º de janeiro.No caso dessa fração de aposentados e pensionistas idosos,o que se vem fazendo,é um massacre !
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