Colaboração de Carolina Linhares
O governo federal prepara um programa de demissão voluntária (PDV) para os funcionários da Valec antes de iniciar o processo para fechar a empresa. A equipe do Ministério da Infraestrutura já decidiu que irá liquidar a estatal responsável pela construção de ferrovias, o que deve ser feito ainda neste ano. A empresa tem 983 empregados, com salário médio de R$ 9,5 mil mensais.
A ideia inicial era que o processo para encerrar as atividades da companhia tivesse início no próximo mês. Porém, para preparar o PDV, será preciso adiar em alguns meses os planos de fechar de vez a empresa. A avaliação é que não é permitido iniciar o programa para os funcionários depois da liquidação ter início.
Quando uma empresa pública é liquidada, os bens são vendidos para pagar as dívidas e os servidores demitidos, mesmo que tenham entrado por meio de concurso público. Para evitar um desgaste ainda maior com os funcionários, o governo Jair Bolsonaro decidiu fazer o programa de demissão voluntária.
GESTÃO DE CARREIRA
Isso irá permitir que o servidor compare o que é mais vantajoso financeiramente: aderir ao PDV ou ser demitido após a liquidação da estatal. Para fazer um aceno a esses empregados, o governo também prepara a contratação de uma empresa de consultoria de gestão de carreiras para ajudar os servidores da Valec a se reposicionarem no mercado de trabalho.
A estatal responsável pela construção e administração de ferrovias federais é dependente de recursos do Tesouro, o que eleva o rombo das contas públicas, e alvo frequente de denúncias de corrupção. Um dos ex-presidentes da estatal chegou a ser preso pela Polícia Federal.
Para integrantes do governo, a empresa já “cumpriu seu papel”. Além disso, o plano do Ministério da Infraestrutura é transferir a construção de ferrovias para a iniciativa privada.
Outras atribuições, como manutenção, roçagem e sinalização, serão transferidas para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, considera que o Dnit tem condições de fazer melhor esse papel e a um custo mais baixo.
Além de continuar administrando rodovias federais, o Dnit passará a atuar também em ferrovias, portos e hidrovias, de acordo com o plano do governo. Atualmente, a Valec atua na construção e exploração da infraestrutura de ferrovias como a Norte-Sul (que está com leilão marcado para este semestre) e a Ferrovia de Integração OesteLeste (Fiol).
A empresa também detém participações na sociedade da Transnordestina, com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A empresa é alvo frequente de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre supostas irregularidades em obras.
Reativada em 2008, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Valec tem hoje um patrimônio líquido positivo de R$ 16,6 bilhões. O prejuízo líquido no terceiro trimestre de 2018 chegou a R$ 45,5 milhões.
Além da Valec, o governo pretende fechar a Infraero. O plano prevê a privatização de todos os 44 aeroportos controlados pela estatal. Quando isso for concluído —o que deve ocorrer em até três anos e meio — a Infraero deve ser liquidada.
Fonte: O Globo, Manuel Ventura, internet
carmemgoulart755@gmail.com
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SNR. JOÃOABELHA COM A SAIDA DA VALEC, COMO FICA A SITUAÇÃO DOS APOSENTADO DA RFFSA A RESPEITO DE PAGAMENTO,REAJUSTES ETC. MUITO AGRADECIDO SR. JOÃO.
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Antônio
Ainda não sabemos dizer. Espera-se que nada mude. Falta-nos saber tão somente qual será o nosso paradigma. Se a legisação for obedecida teremos os índices concedidos pelo INPS aos aposentados como um todo. Entendo que não seria ruim.
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Boa tarde!
Todos sabemos que até que o último ferroviário aposente(atualmente no quadro em extinção na VALEC), ainda existem aproximadamente 76 na ativa, haverá a possibilidade do Sindicato negociar o aumento e promover o Dissídio Coletivo. Uma questão que muito me assusta é que não se fala NADA na defesa destes últimos 76 corajosos, e pergunto: ACABANDO A VALEC OS ÚLTIMOS SERÃO DEMITIDOS? SERÃO TRANSFERIDOS? Temos que ter cuidado, somos fortes enquanto unidos.
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Cora
É isso ai. Se não tivermos unidade tudo ficará mais difícil. Ja passa o momento dos órgãos de classe, sindicatos e associações darem as mãos em defesa da categoria que a cada ano vê seus salários minguarem.
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