Genésio Pereira dos Santos
Advogado/Jornalista/Escritor
gimam@ig.com.br
Depois de tantas décadas, nova oportunidade, ao que parece, se avizinha para as ferrovias, só no papel ou é pra valer mesmo, “no tempo e no espaço” (meu jargão)? Tendo-se em vista que o governo Temer está de saída, pode ser que o próximo governo resolva dar o ponta- pé, para uma política de integração viária positiva, no sentido de que venha a ser operacionalizada, no contexto de nosso sistema viário carente, com a integração de modais de transporte, efetivamente.
Com o anúncio na mídia, nossa expectativa é a de que a ideia de se permitir que o instituto das parcerias público-privadas toque os projetos em troca da prorrogação de concessões que possam vir a viabilizar, o transporte por sobre trilhos. Tratando-se de ser um setor estratégico e logístico do País, se aflorem e rompam todas as barreiras em potencial.
Com a transferência para o setor privado, num primeiro momento, a construção de ferrovias afasta a responsabilidade direta do governo, que, por vezes, começa mal e termina pior e cai no fracasso financeiro, sem tamanho. Caso venha a ser mantida a decisão, no próximo governo, por certo, será grande passo largo, para sairmos desse engessamento a que está submetida a economia nacional, que, frise-se, desde 1957. O dono da bola é o modo rodoviário, com todos os privilégios governamentais.
Volto “carga. ” A greve dos caminhoneiros fez com que o governo despertasse do pesadelo de décadas. Se se tivesse investido numa rede nacional de ferrovias, minimamente infraestruturada, e em plena operacionalização, não se teria aquele gargalo nacional, nos 12 dias de paralisação, que trouxe incomensuráveis prejuízos político-econômico-sociais ao País. Ao menos agora, o governo tem no papel projetos para as ferrovias. Espero que não aconteça como foi como do TAV- Trem de Alta Velocidade, que, analiticamente, teve um gasto de 33 aumentado para 55 milhões de reais e, com alguns anos de enganação, chegou-se à conclusão de sua inviabilidade.
O “Jornal do Brasil” do dia 04-07-18, aborda a matéria: “Atropelo nas privatizações”, manifestando preocupação com a possibilidade de aumentar-se o imbróglio, relativamente quanto ao controle de gastos do governo atual até dezembro e o futuro, na preservação dos espólios das estatais e das empresas de economia mista, em obras do tamanho da construção de novas ferrovias; a PPP não está imune às mazelas que poderão impedir a expansão.
Pelo sim e pelo não, creio que cabe a indagação: Ferrovias só em projetos analíticos ou é pra valer mesmo, no tempo e no espaço? Se for pra valer, rigorosa fiscalização se fará presente, pois, o fantasma do corrupto é um verdadeiro demônio no serviço público, que pode estar a caminho dos trens de passageiros, dobrando, assim, a aposta no rodoviarismo. Em verdade, em verdade, perdeu-se muito tempo, mais de 60 anos, sem falar-se no modal ferroviário, por incapacidade dos dirigentes e a falta de vontade política dos governos, que estiveram à frente da presidência da República e deram de ombro para as ferrovias.

Formei-me em economia em 1.977, e desde quando eu era estudante os professores falavam que o meio de transporte mais rápido e barato, para o Brasil seriam as ferrovias e as hidrovias, mas nunca ninguém fez nada. Espero que agora isto realmente saia do papel, temos que fazer pressão neles.
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Por enquanto, as coisas estão mais no papel, aliás no ralo do disperdicío , TRANSNORDESTINA, 28 anos em construção, material já está em degradação.NORTE/SUL, 30 anos concluiram só um trecho, FIOL, praticamente paralisada. então como pensar em novos projetos, se você não conclui aquilo que começou ?
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Se este fosse uma naçao seria,esta praga do fhc,era para estar preso,junto com o lula entregou as estatais a preço de banana,transportam,so os produtos dos carteis,a mrs so transporta o minerio da vale e os produtos da csn,que sao os donos da mrs.que quer dizer,muito ruim de salario.
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