Pesquisa e edição por Luis Fernando Salles
Enquanto os governos estaduais se esforçam para melhorar a mobilidade urbana através do transporte de passageiros sob trilhos nas ferrovias, metrôs e VLts, o mesmo não se pode afirmar do transporte de cargas com sua solução ainda muito distante.
Um levantamento realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) concluiu que o transporte de cargas por trilhos está cada vez mais demorado. A consequência econômica é imediata: quanto mais tempo para chegar aos portos, maior perda de eficiência nas operações.
Malhas saturadas, com inúmeros obstáculos em travessias em cidades, são alguns dos motivos que têm levado à queda da velocidade média na maioria das concessões de ferrovias. No levantamento da ANTT, num período de dez anos – entre 2006 e 2016 -, dez concessionárias diminuíram sua velocidade comercial, com exceção da Estrada de Ferro Vitória-Minas, operada pela Vale.
Segundo a ANTT, a velocidade na Malha Sul caiu de 18,2 para 11,8 km/h; na MRS Logística a queda foi de 17,3 para 16,1 km/h; e na Ferrovia Centro-Atlântica, de 15,8 para 12,2 km/h. Ferroeste (PR), Tereza Cristina (SC) e a malha antiga da Transnordestina também ficaram mais lentas.
Os motivos para que nossas ferrovias estejam andando mais devagar são vários. Dentre eles, está a não execução de obras consideradas fundamentais para superar conflitos com a operação no meio urbano. O Ferroanel de São Paulo, que solucionaria boa parte dos conflitos na Região Metropolitana de São Paulo, é um exemplo. O contorno ferroviário sequer obteve licença ambiental, tão pouco está pronto o projeto executivo de engenharia.
Sem investimentos para reduzir as interferências nas cidades e no cruzamento com rodovias, não há como permitir o aumento da velocidade quando os trens atravessam aglomerados urbanos. O caso é mais grave ainda nas proximidades de portos importantes, como no Rio de Janeiro e em Santos.
Além do Ferroanel, outras obras também não saíram do papel, como é o caso do contorno ferroviário de Divinópolis (MG). Cidade situada no oeste mineiro, os trens atravessam todo o perímetro urbano. A obra, já contratada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), ainda não possui licença ambiental, e enfrenta problemas com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Fonte: Internet, Diário do Transporte
Faltou também dizer na matéria , que a velocidade caiu muito ao longo do trecho , devido ao péssimo estado da linha , pois é bem mais cômodo(e barato) baixar a velocidade , que reparar a via.
CurtirCurtir
Concordo com a opinião de Antonio Carlos, o principal motivo para tão baixa velocidade, são as condições da via,que sofre há anos sem a devida manutenção e renovação do material que compõe a super-estrutura.
CurtirCurtir
O antonio carlos,em poucas palavras disse tudo, eu trabalhei na saudosa rffsa,e na porcaria da mrs,a diferenca de velocidade dos trens,sao enormes,essa conversa fiada de gargalo,so o governo,que acredita,na ferrovia do aco,a velocidade dos trens caiu,quase cinquenta por cento,la nao existe gargalo,mrs explique.
CurtirCurtir
Amigo Nilson , falo isso porque também trabalhei na RFFSA e na ALL , como Maquinista (aqui no Paraná) portanto vi isso de perto.
CurtirCurtir