Jornalista Genésio Pereira dos Santos

A máxima: “O preço da liberdade é a eterna vigilância” nos remete à vitória sofrida dos ferroviários ativos, aposentados, ferroviaristas e pensionistas, representados por uma plêiade de abnegados, que lutam em várias frentes em Brasília (palcos Executivos e Congresso Nacional), como atores dirigentes e das Associações de classe da ex-RFFSA. A sofrência que durou 17 anos e anos nos leva a ser vigilantes, “no tempo e no espaço” (meu jargão).

Os ecos da vitória e da comemoração se farão ouvir por um período considerável, e não poderá ser diferente, pois, os ferroviários são sensíveis e não se entregarão facilmente, dada a relevância do objetivo a ser alcançado, proximamente, quanto às reivindicações ainda pendentes.

Também, por meio e através de um pequeno número de atores, as atenções da grande classe passiva persistirão. A expectativa é que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos-CBTU (ministério das Cidades) cumpra a sua responsabilidade como mantenedora inadimplente, ou seja, deposite, também, pelo menos, uma parcela de sua dívida. O crédito da Fundação REFER, em relação a CBTU é também vultoso.

Que a celebração do evento do dia 30-11-17 repercuta e nos fortaleça a caminhar no sentido de conseguir este “desideratum,” logo no primeiro trimestre de 2018, sem embargos.

Nesta leitura deste cenário: mantenedoras x Fundação, que não haja acomodação das autoridades envolvidas no pagamento da dívida acumulada, por todos esses anos. Nessa esteira, elevemos o nosso espírito de luta continuada, a fim de que ela renove a união e a vigilância constantes até aqui. Em grupos coesos e harmônicos, façamos “verão” na capital da República e onde couber, para que consolidemos os recursos orçamentários.

Bato e rebato que, nas próximas eleições de 2018, a classe precisa eleger, em cada unidade da Federação, representantes natos da classe nas Casas Legislativas e evitemos as “aves de arribação, ” ferroviaristas de última hora e oportunistas, ignorantes de nosso sofrimento.

Não nos iludamos. Vamos escolher pessoas identificadas com as nossas reivindicações: reajustes salariais dignos, adequação dos pisos salariais em relação à VALEC, que paga bem acima do mínimo dos engenheiros da RFFSA, respeito aos dispositivos da Lei nº 8186/91 (artigo 2º), que algumas autoridades ignoram por completo.

A minha leitura no contexto político-econômico-social é a de que a classe precisa eleger o maior número de ferroviários e ferroviaristas representantes, no Congresso Nacional e nas Assembleias, para não ficarmos a reboque de ninguém. O preço da luta é a constante vigilância.

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