Comentários de Fernando Abelha
Colaboração de Carolina Linhares
Edição de Luis Fernando Salles
Na gestão do penalizado e comprometido governador Sérgio Cabral, a Estação Barão de Mauá, marco histórico da ferrovia no Brasil, edificação tombada pelo IPHAN, foi dividida para três gestores. Como tudo no Brasil em casos semelhantes, nenhum dos três respondem por nada. O prédio ficou dividido entre a União e o Estado. A estação e o entorno foram entregues a Supervia, diga-se à polêmica Odebrecht, por concessão para operação ferroviária dos subúrbios do Rio de Janeiro, para os terminais Japeri, Santa Cruz, Deodoro e as linhas de Vila Inhomirim, Guapimirim, e Linha Auxiliar. Hoje Barão de Mauá está abandonada, sem água e energia elétrica, foi invadida por marginais que furtaram computadores e outros apetrechos de valor, dos órgãos que lá funcionavam e hoje estão fechados por total falta de condições de trabalho. São eles: Serviço Social das Estradas de Ferro, Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina e Sindicato da Polícia Ferroviária Federal.
Enquanto isso, o Museu Ferroviário, onde estão a locomotiva baronesa e o carro do imperador, além de outras relíquias ferroviárias, está fechado no bairro Engenho de Dentro, ao lado do estádio Nilton Santos, nos subúrbios carioca. Existe projeto produzido pela Universidade Federal de Santa Catarina para adaptar Barão de Mauá, em Museu Ferroviário Nacional, para o qual já foram pagos R$ 1 milhão, mas o Ministério da Cultura nada faz e ignora totalmente o assunto. Por sua vez, o Estado do Rio de Janeiro ocupa para suas secretarias vários imóveis alugados. Enfim, destinação existe para Barão de Mauá, falta apenas vontade política.
Isto é mais uma vergonha nacional…
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