Por Paulo César Régis de Souza

O que vemos hoje diariamente pela imprensa livre, pelo rádio, pela televisão, pelos blogues são denúncias sobre parlamentares (especialmente de deputados federais e senadores) envolvidos em mensalão, mensalinho, Lava Jato, caixa dois, propina. Todos vivendo numa torre de marfim, roubando, enriquecendo, enquanto 14 milhões vivem desempregados, à beira da miséria, e outros 20 milhões entre o subemprego, os salários aviltados, a incerteza e o desespero.

O governo não trabalha, só se defende o tempo todo de pesadas acusações nas delações, em cascata. Seus defensores, a maioria sob suspeitas e listada nos índices de corrupção, primam pelo desrespeito aos contribuintes.
No Judiciário temos o “Supremo” com 11 atores diferentes, os guardiões da Constituição que se exibem num anfiteatro, com papéis surpreendentes, um manda prender o outro manda soltar, e cada qual com seu cada qual, interpretando a Constituição a seu bel-prazer. Só ainda não soltaram os chefes do narcotráfico.

O novo ministro da Justiça, que passou em branco no Ministério da Transparência, avisa que quem manda na Polícia Federal é ele.
A falácia de que a Previdência quebraria o país caiu por terra, com a deflação de junho, sem a tão necessária reforma como diz o ministro da Fazenda, que no Conselho de Administração da JBS sabia que o grupo devia R$ 7,5 bilhões ao INSS e nunca mandou pagar e, na Fazenda, nunca mandou cobrar. A Previdência continua mesmo sem ministério e com um ministro “virtual”, sendo a maior distribuidora de renda do país, com seus 60 milhões de segurados e 33 milhões de beneficiários.

O que temos de reformar não é só a Previdência, mas todas as instituições de um estado e de um governo corrompido, carcomido, em escombros e mostrando suas entranhas apodrecidas por uma infecção generalizada.

Fonte: Diário Popular